quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Minuto de sabedoria
"Software engineers have long told their bosses and clients that they can have software "fast, cheap, or right," as long as they pick any two of those factors. Getting all three? Forget about it!"
terça-feira, 29 de agosto de 2006
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Desktop 3D. Agora com touchscreen
Ainda na série sobre desktop 3D aqui está mais um vídeo, dessa vez mostrando a operação do sistema com uma tela sensível ao toque.
Nada de novo, os recursos inclusive já foram mostrados aqui sendo utilizados com o mouse. Mostrei até mesmo como é simples sua instalação em qualquer distribuição Linux moderna.
Mas as imagens desse vídeo superam tudo em apelo e dramaticidade justamente pela abordagem original de exibir as "mãos nuas" do usuário interagindo diretamente com os elementos do desktop, aproximando assim o real do virtual.
Nada de novo, os recursos inclusive já foram mostrados aqui sendo utilizados com o mouse. Mostrei até mesmo como é simples sua instalação em qualquer distribuição Linux moderna.
Mas as imagens desse vídeo superam tudo em apelo e dramaticidade justamente pela abordagem original de exibir as "mãos nuas" do usuário interagindo diretamente com os elementos do desktop, aproximando assim o real do virtual.
domingo, 27 de agosto de 2006
Linux no Tungsten E e Palm T|X
Linux rodando no Palm Tungsten E e no Palm T|X.
Linux e Palm, duas plataformas simplesmente incríveis.
Tungsten E créditos do vídeo tonywalker
Palm T|X créditos do vídeo santocyber
O caminho das pedras no Handhelds.org.
Linux e Palm, duas plataformas simplesmente incríveis.
Tungsten E créditos do vídeo tonywalker
Palm T|X créditos do vídeo santocyber
O caminho das pedras no Handhelds.org.
Feliz Aniversário Linux!
O post está um pouquinho atrasado porque eu estava viajando, mesmo assim aqui vão meus votos de parabéns a todos os desenvolvedores, documentadores, distribuidores, divulgadores, entusiastas e por que não a todos os usuários pelo aniversário de 15 anos do kernel ocorrido na última sexta-feira.
Apesar do início do desenvolvimento em abril 1991 foi em 25 de agosto daquele ano que Linus Torvalds fez o primeiro anúncio público do Linux no newsgroup comp.os.minix.
"Hello everybody out there using minix - I'm doing a (free) operating system (just a hobby, won't be big and professional like gnu) for 386(486) AT clones. This has been brewing since april, and is starting to get ready. I'd like any feedback on things people like/dislike in minix, as my OS resembles it somewhat (same physical layout of the file-system (due to practical reasons) among other things).I've currently ported bash(1.08) and gcc(1.40), and things seem to work. This implies that I'll get something practical within a few months, and I'd like to know what features most people would want. Any suggestions are welcome, but I won't promise I'll implement them :-) Linus (PS. Yes - it's free of any minix code, and it has a multi-threaded fs. It is NOT protable (uses 386 task switching etc), and it probably never will support anything other than AT-harddisks, as that's all I have :-(." Linus Torvalds - Agosto 1991
A versão 0.01 foi lançada no mês seguinte com 10.239 linhas de código e seu desenvolvimento não parou mais.
Que venham mais 15 de muito sucesso!
Apesar do início do desenvolvimento em abril 1991 foi em 25 de agosto daquele ano que Linus Torvalds fez o primeiro anúncio público do Linux no newsgroup comp.os.minix.
"Hello everybody out there using minix - I'm doing a (free) operating system (just a hobby, won't be big and professional like gnu) for 386(486) AT clones. This has been brewing since april, and is starting to get ready. I'd like any feedback on things people like/dislike in minix, as my OS resembles it somewhat (same physical layout of the file-system (due to practical reasons) among other things).I've currently ported bash(1.08) and gcc(1.40), and things seem to work. This implies that I'll get something practical within a few months, and I'd like to know what features most people would want. Any suggestions are welcome, but I won't promise I'll implement them :-) Linus (PS. Yes - it's free of any minix code, and it has a multi-threaded fs. It is NOT protable (uses 386 task switching etc), and it probably never will support anything other than AT-harddisks, as that's all I have :-(." Linus Torvalds - Agosto 1991
A versão 0.01 foi lançada no mês seguinte com 10.239 linhas de código e seu desenvolvimento não parou mais.
Que venham mais 15 de muito sucesso!
Desktop 3D. Alguns exemplos.
Uma listinha de vídeos no Youtube com exemplos do Linux com XGL ou AIGLX.
Deleite-se!
- Linux now has the sexiest interface
- Ubuntu 6.06 LTS - XGL + Compiz
- XGL
- fedora core 5 With XGL
Deleite-se!
- Linux now has the sexiest interface
- Ubuntu 6.06 LTS - XGL + Compiz
- XGL
- fedora core 5 With XGL
Desktop 3D? É prá já!
Um clipe de 60s do XGL no Fedora Core 5 ao som do DJ Tiësto.
Estrelando também VNC, VMWare executando Windows XP, Return to Castle Wolfenstein, MPlayer exibindo um episódio do Arquivo X e um tema customizado do GDM (disponível em gnome-look.org).
Gostou? Quer experimentar? Hoje? Agora? Não quer mais esperar?
É bem simples, instale sua distro favorita e faça uma busca rápida no Google por um tutorial sob media para ela (há muitos deles, é bem fácil conseguir um).
Existem opções para XGL ou AIGLX (eu particularmente prefiro o AIGLX e utilizo o Ubuntu 6.06 LTS - Dapper Drake). É show!
Ok, vou dar algumas sugestões de tutoriais:
1. How to Install xorg-aiglx + compiz (packages)
2. Como instalar o XGL server e o Compiz
3. Instalando XGL + Compiz no Ubuntu Dapper com o driver Nvidia
4. Switch between XGl and Xorg through GDM (or KDM)
Atenção: Utilize os tutorias sugeridos aqui por sua conta e risco.
Infelizmente não poderei responder questões referentes ao suporte técnico para estes tutoriais através do blog, portanto qualquer comentário submetido com esse tipo de conteúdo será prontamente ignorado.
Mas não é pra ficar triste, se precisar de uma ajudinha visite a lista do Grupo Linux Pai D'Égua, eu e muitos outros colegas teremos o todo o prazer em ajudá-lo no que for possível.
E lembre-se que existem muitas listas de discussão e sites sobre o tema na Internet.
Estrelando também VNC, VMWare executando Windows XP, Return to Castle Wolfenstein, MPlayer exibindo um episódio do Arquivo X e um tema customizado do GDM (disponível em gnome-look.org).
Gostou? Quer experimentar? Hoje? Agora? Não quer mais esperar?
É bem simples, instale sua distro favorita e faça uma busca rápida no Google por um tutorial sob media para ela (há muitos deles, é bem fácil conseguir um).
Existem opções para XGL ou AIGLX (eu particularmente prefiro o AIGLX e utilizo o Ubuntu 6.06 LTS - Dapper Drake). É show!
Ok, vou dar algumas sugestões de tutoriais:
1. How to Install xorg-aiglx + compiz (packages)
2. Como instalar o XGL server e o Compiz
3. Instalando XGL + Compiz no Ubuntu Dapper com o driver Nvidia
4. Switch between XGl and Xorg through GDM (or KDM)
Atenção: Utilize os tutorias sugeridos aqui por sua conta e risco.
Infelizmente não poderei responder questões referentes ao suporte técnico para estes tutoriais através do blog, portanto qualquer comentário submetido com esse tipo de conteúdo será prontamente ignorado.
Mas não é pra ficar triste, se precisar de uma ajudinha visite a lista do Grupo Linux Pai D'Égua, eu e muitos outros colegas teremos o todo o prazer em ajudá-lo no que for possível.
E lembre-se que existem muitas listas de discussão e sites sobre o tema na Internet.
sábado, 19 de agosto de 2006
Open Source e Software Livre por um mundo melhor
Ao discutir a notícia “Guru do Open Source advoga por uma mudança ideológica” na lista do Grupo Linux Pai D'égua alguns temas interessantes surgiram e decidi comentá-los.
Dentre outras coisas foi sugerido que o tão aguardado lançamento do console de games PlayStation 3 da Sony - baseado em Linux - poderia contribuir profundamente para uma mudança de percepção do usuário leigo sobre o sistema, sobretudo por ocorrer em um segmento onde ainda não existe muita penetração ou reconhecimento do Linux.
Eu concordo que existe um potencial interessante, mas não acredito em muita transformação de imediato mesmo porque a maioria dos usuários do console estará interessada mesmo e na experiência de imersão proporcionada pelos jogos e não nos recursos do sistema operacional embarcado ou suas possibilidades.
Mas é claro que isso pode mudar com o passar do tempo, especialmente se a Sony obtiver sucesso em seus planos de uso do console para múltiplas finalidades.
Houve também o comentário sobre o desinteresse da Apple em usar Linux em seus famosos iPods, claro por questões óbvias.
E esse comentário é especialmente interessante porque nos permite perceber duas coisas importantes.
A primeira: possivelmente as palavras de Raymond estão sendo mal compreendidas. Digo isso porque acredito que sua preocupação refere-se menos a Apple utilizar Linux para ativar o iPod do que ao dispositivo ser suportado oficialmente na plataforma.
A segunda: o "conformismo" justificado de muitos usuários do Linux que acomodados confortavelmente em seu fantástico mundo de possibilidades, flexibilidade e poder esquecem que a realidade do mercado de software é justamente oposta. Nele imperam a instabilidade, a insegurança e toda sorte de limitações. A cura para isso parece estar em sermos mais ativos disseminadores do open source e do software livre.
Bem, mas vou me deter na primeira questão e deixar a segunda quem sabe para uma outra oportunidade.
O que Eric Raymond chama de difícil compromisso, é a aproximação do open source com do mundo proprietário (software, codecs, drivers, etc). Certamente um paradoxo, mas ele parece acreditar que isso é necessário a evolução do software, certamente desconsiderando alguns cânones do software livre. Uma visão bem ao estilo open source-like de Raymond.
Suponho que ele pensa que essa aproximação poderia ocorrer através de contratos de licenciamento.
Ele pode estar sugerindo que empresas como Novell, Red Hat, Canonical, dentre outras, aproximem-se comercialmente de Apple, PalmOne e de outros fabricantes de dispositvos para firmarem contratos de licenciamento ou coisa que valha, permitindo que seja oferecido suporte formal a estes dispositivos no desktop Linux.
Na prática seria mais ou menos assim: você compra um iPod ou um Palm e junto no CD de instalação do dispositivo vão os softwares (mesmo os proprietários) e drivers para Windows, MacOS e Linux.
É claro que existem enormes desafios a serem superados para que isso ocorra. E antes de alguém diga que estou me esquecendo de que muitas distribuições não são mantidas por empresas, portanto em tese, não haveria viabilidade para tais acordos em larga escala eu gostaria de esclarecer que estou ciente disso e que estamos falando da opinião de Eric Raymond, não da minha.
Mas é exatamente por isso que tal proposta soa tão provocativa e desafiadora.
Quem trabalha com Linux no enterprise sabe que os grandes fabricantes de hardware oferecem seus servidores - já faz um tempo – com suporte oficial ao Linux. Eles informam que modelo A ou B está com seu hardware homologado e possui drivers para apenas duas distros: Suse e Red Hat Enterprise. Certamente isso não ocorre por acaso.
Há vários problemas a serem superados para que essa aproximação ocorra.
O primeiro é de ordem ideológica, mas Raymond não parece dar muita atenção a isso. Em sua fala diz claramente que usuários não técnicos não ligam para "noções de pureza doutrinária" e sou obrigado a concordar com ele sobre tal comportamento da esmagadora maioria das pessoas.
Depois vem os problemas de ordem técnica como a questão da ausência de uma API padrão no Kernel (não necessariamente uma coisa ruim, pra dizer a verdade algo até mesmo planejado e desejável) que dificulta o desenvolvimento de drivers proprietários, novamente mais um motivo positivo para essa ausência.
Há também as diferenças entre as várias distribuições, que segundo a maioria dos fabricantes de dispositivos e computadores é algo que mais dificulta bastante suporte ao sistema para seus produtos.
Por último, mas não menos importante há a pressão, que muitas vezes beira a chantagem, exercida pela Microsoft sobre os fabricantes de hardware para que não forneçam suporte a outros sistemas operacionais. Quem nunca viu no site de um fabricante de computadores a frase "A XXXX recomenda o Windows XP Professional" ou coisa semelhante.
Alguém pensa sinceramente que isso é idéia do fabricante? Eu penso que ele gostaria que seu produto fosse compatível com o maior número possível de “coisas” pois dessa forma logicamente venderia mais.
É, eu sei que para alguns essas idéias podem parecer heréticas mas acho que chegou a hora de uma discussão mais madura sobre elas.
Inclusive acho que a comunidade deve começar a deixar de lado temas como “dá pra fazer isso ou aquilo com Linux”, “o Linux é bom nisso ou naquilo”... simplesmente porque o Linux é bom em tudo!
Dá pra fazer qualquer coisa com Linux!
Assim como dá pra fazer qualquer coisa com Windows, MacOS, etc. A diferença é que quase sempre com Linux dá pra fazer mais e melhor.
Vou encerrar conclamando aqueles que acham que podem contribuir para o desenvolvimento do Linux, do open source e do software livre para que junte-se a nós e que o façam da forma mais concreta e determinada que puderem.
Estou convencido de que toda a indústria só tem a ganhar com isso.
Dentre outras coisas foi sugerido que o tão aguardado lançamento do console de games PlayStation 3 da Sony - baseado em Linux - poderia contribuir profundamente para uma mudança de percepção do usuário leigo sobre o sistema, sobretudo por ocorrer em um segmento onde ainda não existe muita penetração ou reconhecimento do Linux.
Eu concordo que existe um potencial interessante, mas não acredito em muita transformação de imediato mesmo porque a maioria dos usuários do console estará interessada mesmo e na experiência de imersão proporcionada pelos jogos e não nos recursos do sistema operacional embarcado ou suas possibilidades.
Mas é claro que isso pode mudar com o passar do tempo, especialmente se a Sony obtiver sucesso em seus planos de uso do console para múltiplas finalidades.
Houve também o comentário sobre o desinteresse da Apple em usar Linux em seus famosos iPods, claro por questões óbvias.
E esse comentário é especialmente interessante porque nos permite perceber duas coisas importantes.
A primeira: possivelmente as palavras de Raymond estão sendo mal compreendidas. Digo isso porque acredito que sua preocupação refere-se menos a Apple utilizar Linux para ativar o iPod do que ao dispositivo ser suportado oficialmente na plataforma.
A segunda: o "conformismo" justificado de muitos usuários do Linux que acomodados confortavelmente em seu fantástico mundo de possibilidades, flexibilidade e poder esquecem que a realidade do mercado de software é justamente oposta. Nele imperam a instabilidade, a insegurança e toda sorte de limitações. A cura para isso parece estar em sermos mais ativos disseminadores do open source e do software livre.
Bem, mas vou me deter na primeira questão e deixar a segunda quem sabe para uma outra oportunidade.
O que Eric Raymond chama de difícil compromisso, é a aproximação do open source com do mundo proprietário (software, codecs, drivers, etc). Certamente um paradoxo, mas ele parece acreditar que isso é necessário a evolução do software, certamente desconsiderando alguns cânones do software livre. Uma visão bem ao estilo open source-like de Raymond.
Suponho que ele pensa que essa aproximação poderia ocorrer através de contratos de licenciamento.
Ele pode estar sugerindo que empresas como Novell, Red Hat, Canonical, dentre outras, aproximem-se comercialmente de Apple, PalmOne e de outros fabricantes de dispositvos para firmarem contratos de licenciamento ou coisa que valha, permitindo que seja oferecido suporte formal a estes dispositivos no desktop Linux.
Na prática seria mais ou menos assim: você compra um iPod ou um Palm e junto no CD de instalação do dispositivo vão os softwares (mesmo os proprietários) e drivers para Windows, MacOS e Linux.
É claro que existem enormes desafios a serem superados para que isso ocorra. E antes de alguém diga que estou me esquecendo de que muitas distribuições não são mantidas por empresas, portanto em tese, não haveria viabilidade para tais acordos em larga escala eu gostaria de esclarecer que estou ciente disso e que estamos falando da opinião de Eric Raymond, não da minha.
Mas é exatamente por isso que tal proposta soa tão provocativa e desafiadora.
Quem trabalha com Linux no enterprise sabe que os grandes fabricantes de hardware oferecem seus servidores - já faz um tempo – com suporte oficial ao Linux. Eles informam que modelo A ou B está com seu hardware homologado e possui drivers para apenas duas distros: Suse e Red Hat Enterprise. Certamente isso não ocorre por acaso.
Há vários problemas a serem superados para que essa aproximação ocorra.
O primeiro é de ordem ideológica, mas Raymond não parece dar muita atenção a isso. Em sua fala diz claramente que usuários não técnicos não ligam para "noções de pureza doutrinária" e sou obrigado a concordar com ele sobre tal comportamento da esmagadora maioria das pessoas.
Depois vem os problemas de ordem técnica como a questão da ausência de uma API padrão no Kernel (não necessariamente uma coisa ruim, pra dizer a verdade algo até mesmo planejado e desejável) que dificulta o desenvolvimento de drivers proprietários, novamente mais um motivo positivo para essa ausência.
Há também as diferenças entre as várias distribuições, que segundo a maioria dos fabricantes de dispositivos e computadores é algo que mais dificulta bastante suporte ao sistema para seus produtos.
Por último, mas não menos importante há a pressão, que muitas vezes beira a chantagem, exercida pela Microsoft sobre os fabricantes de hardware para que não forneçam suporte a outros sistemas operacionais. Quem nunca viu no site de um fabricante de computadores a frase "A XXXX recomenda o Windows XP Professional" ou coisa semelhante.
Alguém pensa sinceramente que isso é idéia do fabricante? Eu penso que ele gostaria que seu produto fosse compatível com o maior número possível de “coisas” pois dessa forma logicamente venderia mais.
É, eu sei que para alguns essas idéias podem parecer heréticas mas acho que chegou a hora de uma discussão mais madura sobre elas.
Inclusive acho que a comunidade deve começar a deixar de lado temas como “dá pra fazer isso ou aquilo com Linux”, “o Linux é bom nisso ou naquilo”... simplesmente porque o Linux é bom em tudo!
Dá pra fazer qualquer coisa com Linux!
Assim como dá pra fazer qualquer coisa com Windows, MacOS, etc. A diferença é que quase sempre com Linux dá pra fazer mais e melhor.
Vou encerrar conclamando aqueles que acham que podem contribuir para o desenvolvimento do Linux, do open source e do software livre para que junte-se a nós e que o façam da forma mais concreta e determinada que puderem.
Estou convencido de que toda a indústria só tem a ganhar com isso.
Guru do Open Source advoga por uma mudança ideológica
Começarei logo por um tema polêmico. Segue minha tradução para um artigo publicado no The Register cobrindo um painel ocorrido na recente Linux World Expo em São Franciso, California.
Eric Raymond, um dos sacerdotes do open source, disse a comunidade que um difícil compromisso é importante e necessário para a forma como ela lida com plataformas e formatos fechados, sob pena da perda de terreno na área de desktop e de novos dispositivos de mídia.
Raymond disse que a comunidade não está se movimentando rápido o bastante para engajar usuários não técnicos cuja primeira opção de plataforma é por iPods, MP3 players ou desktop Microsoft executando Windows Media Player.
Com o iPod detendo um enorme mercado e o Windows Vista em vias de lançamento, Raymond alertou para o risco do Linux ficar de fora das novas plataformas de hardware pelos próximos 30 anos a menos que prove que pode trabalhar com iPods, MP3 e WMP.
Essa foi uma análise da realidade inesperada do não-ortodoxo Raymond, autor do famoso "A Catedral e o Bazar", participando de um inspirado painel na LinuxWorld de São Francisco, California.
Junto com Raymond estavam o diretor executivo internacional John "maddog" Hall, o gerente do programa open source do Google Chris DiBona, o diretor de Linux e open source da Intel Dirk Hohndel, e como moderador Larry Augustin.
Raymond aparentemente evitou o tema do uso de drivers binários no Linux – um item calorosamente contestado dentro do movimento open source. Drivers binários são específicos para plataformas, formatos e hardware e podem permitir que aplicações multimídia executarem sem problemas em um PC ou dispositivo.
Drivers binários são considerados nocivos para o open source por causa de sua natureza proprietária, entretanto Raymond chamou sua compatibilidade com o Linux de "um compromisso necessário".
Raymond, alguém realmente comprometido com o open source, disse ser vital para o futuro do Linux o compromisso da comunidade de arrebanhar uma nova geração de usuários não técnicos abaixo dos 30 anos de idade. Esse grupo está mais interessado em ter o Linux "pronto" para funcionar com seu iPod ou MP3 player e "não liga para nossas noções de pureza doutrinária".
"Nós temos um problema sério. Toda vez que tento apresentar o Linux para qualquer um abaixo dos 30, sou questionado: Ele vai funcionar com meu iPod?," diz Raymond. "Nós ainda não estamos assumindo esse doloroso compromisso como comunidade, de buscar ampliar largamente o mercado do desktop. Até fazermos isso, não avançaremos em mais hardwares."
Raymond está preocupado com a janela de oportunidade para o Linux que está se fechando para o desktop. Ele calcula que a transição para a computação de 64 bits deve ocorrer completamente até o final 2008. De acordo com seus estudos, a melhor oportunidade para desbancar o sistema operacional dominante (nesse caso o Windows no desktop) é em uma grande transição de arquitetura como essa.
Raymond acredita que o Linux poderá ficar de fora pelos próximos 30 anos, até uma próxima transição de plataforma, se não for feito um esforço suficiente para alcançar os usuários não técnicos.
"O final da transição para 64 bits acontece ao final de 2008. Após isso o sistema operacional ficará de fora pelos próximos 30 anos. Eu estou preocupado que nós não estejamos fazendo o bastante para sermos atrativos para usuários não técnicos. Eu estou preocupado que fiquemos de fora do desktop por um período muito longo", disse ele.
Seu companheiro de open source Hohndel assumiu uma visão mais otimista. Ele estima que mesmo tendo o Linux um percentual de mercado de um dígito em economias da América do Norte, Europa e Asia Pacífico,Linux atingirá 20 por cento do mercado de mercados emergentes nos próximos cinco anos.
Maddog Hall, entretanto, incitou os presentes na LinuxWorld para que evangelizem pelo Linux em escolas, universidades e em suas organizações na comunitárias, e certifiquem-se de que o Linux está
sendo incluído como parte dos currículos acadêmicos.
Original em: The Register
Eric Raymond, um dos sacerdotes do open source, disse a comunidade que um difícil compromisso é importante e necessário para a forma como ela lida com plataformas e formatos fechados, sob pena da perda de terreno na área de desktop e de novos dispositivos de mídia.
Raymond disse que a comunidade não está se movimentando rápido o bastante para engajar usuários não técnicos cuja primeira opção de plataforma é por iPods, MP3 players ou desktop Microsoft executando Windows Media Player.
Com o iPod detendo um enorme mercado e o Windows Vista em vias de lançamento, Raymond alertou para o risco do Linux ficar de fora das novas plataformas de hardware pelos próximos 30 anos a menos que prove que pode trabalhar com iPods, MP3 e WMP.
Essa foi uma análise da realidade inesperada do não-ortodoxo Raymond, autor do famoso "A Catedral e o Bazar", participando de um inspirado painel na LinuxWorld de São Francisco, California.
Junto com Raymond estavam o diretor executivo internacional John "maddog" Hall, o gerente do programa open source do Google Chris DiBona, o diretor de Linux e open source da Intel Dirk Hohndel, e como moderador Larry Augustin.
Raymond aparentemente evitou o tema do uso de drivers binários no Linux – um item calorosamente contestado dentro do movimento open source. Drivers binários são específicos para plataformas, formatos e hardware e podem permitir que aplicações multimídia executarem sem problemas em um PC ou dispositivo.
Drivers binários são considerados nocivos para o open source por causa de sua natureza proprietária, entretanto Raymond chamou sua compatibilidade com o Linux de "um compromisso necessário".
Raymond, alguém realmente comprometido com o open source, disse ser vital para o futuro do Linux o compromisso da comunidade de arrebanhar uma nova geração de usuários não técnicos abaixo dos 30 anos de idade. Esse grupo está mais interessado em ter o Linux "pronto" para funcionar com seu iPod ou MP3 player e "não liga para nossas noções de pureza doutrinária".
"Nós temos um problema sério. Toda vez que tento apresentar o Linux para qualquer um abaixo dos 30, sou questionado: Ele vai funcionar com meu iPod?," diz Raymond. "Nós ainda não estamos assumindo esse doloroso compromisso como comunidade, de buscar ampliar largamente o mercado do desktop. Até fazermos isso, não avançaremos em mais hardwares."
Raymond está preocupado com a janela de oportunidade para o Linux que está se fechando para o desktop. Ele calcula que a transição para a computação de 64 bits deve ocorrer completamente até o final 2008. De acordo com seus estudos, a melhor oportunidade para desbancar o sistema operacional dominante (nesse caso o Windows no desktop) é em uma grande transição de arquitetura como essa.
Raymond acredita que o Linux poderá ficar de fora pelos próximos 30 anos, até uma próxima transição de plataforma, se não for feito um esforço suficiente para alcançar os usuários não técnicos.
"O final da transição para 64 bits acontece ao final de 2008. Após isso o sistema operacional ficará de fora pelos próximos 30 anos. Eu estou preocupado que nós não estejamos fazendo o bastante para sermos atrativos para usuários não técnicos. Eu estou preocupado que fiquemos de fora do desktop por um período muito longo", disse ele.
Seu companheiro de open source Hohndel assumiu uma visão mais otimista. Ele estima que mesmo tendo o Linux um percentual de mercado de um dígito em economias da América do Norte, Europa e Asia Pacífico,Linux atingirá 20 por cento do mercado de mercados emergentes nos próximos cinco anos.
Maddog Hall, entretanto, incitou os presentes na LinuxWorld para que evangelizem pelo Linux em escolas, universidades e em suas organizações na comunitárias, e certifiquem-se de que o Linux está
sendo incluído como parte dos currículos acadêmicos.
Original em: The Register
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Olá mundo!
Meu primeiro post, simples assim.
Minha motivação para escrever esse blog? Compartilhar informação e organizar referências para consultas futuras.
Minha motivação para escrever esse blog? Compartilhar informação e organizar referências para consultas futuras.
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