segunda-feira, 30 de abril de 2007

Aumentam os rumores sobre Dell e Ubuntu

Oficialmente nem a Dell ou a Canonical confirmam, mas aumentam os rumores sobre o lançamento, para o final de maio de 2007, de máquinas com o Ubuntu 7.04 Feisty Fawn pré-instalado.

A decisão pelo Ubuntu teria ocorrido porque um grande número de pessoas responderam ao Linux desktop survey da Dell indicando essa distribuição.

Segundo o DesktopLinux.com fontes não reveladas confirmam que as duas empresas já estão conversando faz alguns meses sobre rodar Ubuntu em computadores Dell.

E tem mais, no recente Ubuntu Open Week (23 a 28 de abril), Mark ao responder a uma pergunta sobre uma possível campanha para divulgar o Ubuntu (a exemplo do que foi feito para o Mozilla Firefox) comentou que "na próxima semana veremos dois grandes anúncios, um deles provavelmente dominaria a mídia, mas ambos serão ótimos passos na direção da sustentabilidade para o projeto (Ubuntu)."

Agora só nos resta aguardar.

Debain WrEtch: análise de um sistema Linux 'não-americano'

Indescritível, só mesmo lendo para compreender. :-)

Como disse Mark Shuttleworth, hilário ou desconcertante, só depende de que lado você está.

Fonte: Debain WrEtch: review of an UnAmerican Linux system - Linux.com

Aero x Beryl

A escolha é toda sua.







Assista ao vídeo aqui.

Fonte: Video amador comparando o Windows Aero vs Beryl - Hamacker

domingo, 29 de abril de 2007

Ballmer é um Bush cafeinado

Ballmer cafeinadoSerá? Leia o interessante post "A cabeça do Ballmer" no Graffiti.

"Eu já tinha desistido. Depois de 2 anos falando que a MS seria uma empresa melhor sem o Ballmer, cansei. Mas basta que um trimestre seja fechado para o assunto ressuscitar."


(Paulo Vasconcelos - Graffiti)


Referências:

sábado, 28 de abril de 2007

Ele disse que faria e fez.

Stephen Hawking flying with a apple


Sir Stephen Hawking fotografado em vôo de gravidade zero. Atente para a maçã presente na cena, um simbolismo Newtoniano.

Parabéns professor!

Referência: A Long-Awaited Taste of Outer Space - Washingtonpost.com

Máquinas vão ultrapassar inteligência humana depois de 2020

Entrevista: máquinas vão ultrapassar inteligência humana depois de 2020
"Antes do computador pessoal, a maioria das pessoas acreditava que os computadores fossem o grande inimigo da liberdade. Quando surgiu o PC, muitas pessoas perceberam que milhões de computadores nas mãos dos cidadãos eram uma defesa contra a tirania. Agora, no novo milênio, vemos como os governos podem usar as redes para um monitoramento onipresente, e isto é assustador. Mas uma das idéias que procuro passar no meu livro é a possibilidade de que o abuso governamental se torne irrelevante. Na medida em que a tecnologia ganha importância, os governos precisam fornecer a ilusão da liberdade para os milhões de pessoas que precisam se manter felizes e criativas para manter a economia nos trilhos. Tudo somado, estas pessoas possuem maior diversidade e recursos (e até mesmo melhor coordenação) do que qualquer governo. Os bancos de dados on-line, as redes de computadores e as redes sociais fornecem a esta tendência um enorme impulso. No final, a “ilusão da liberdade” pode ser mais real do que em qualquer outro momento da história. Com a internet, o povo pode atingir uma nova forma de populismo, potencializado por um conhecimento absolutamente profundo e abrangente." (Vernor Vinge - professor aposentado da Universidade da Califórnia em San Diego e autor de ficção-científica)

Leia a entrevista aqui.

Referências:

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A libertação do leão segundo a FSFLA

Campinas, 26 de abril de 2007—A Free Software Foundation Latin America (FSFLA) terminou ontem o processo de libertação do programa da Receita Federal, o IRPF2007. Este trabalho possibilitou a entrega da primeira declaração de imposto de renda do Brasil preparada exclusivamente com Software Livre.

Sobre o IRPF2007-Livre

É uma versão Livre do programa IRPF2007, distribuído pela Receita Federal, preparada pela FSFLA, como parte de sua Campanha contra os Softwares Impostos.

Ela oferece uma interface modo texto funcionalmente suficiente para o preparo de declarações de IRPF para entrega para a Receita Federal.

Pode ser obtida, tanto em forma executável quanto em forma de código fonte, na seguinte URL: http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/snapshots/irpf2007-livre/

Leia sobre isso no íntegra aqui.

Fonte: FSFLA

terça-feira, 24 de abril de 2007

Assim não, Sr Mark Shuttleworth - by Tux Vermelho

Eu bem que tento resistir, mas assim não dá. Essa está muito boa! :-)
"O Sr Mark Shuttleworth tem que trabalhar muito mais se quer ter um SO realmente funcional e com utilidade." (Tux Vermelho)

Fonte: Assim não, Sr Mark Shuttleworth - Tux Vermelho

segunda-feira, 23 de abril de 2007

domingo, 22 de abril de 2007

Dicionário do BROffice.org no OpenOffice.org 2.2 do Feisty

Se você instalou o Ubuntu 7.04 deve ter ficado bem feliz com as melhorias trazidas pelo OpenOffice.org 2.2.

Mas para nós usuários brasileiros, infelizmente as coisas ainda não são perfeitas.

Primeiro porque existe o problema com questão da 'impropriedade' intelectual da "BWS informática".

Para quem não sabe essa empresa registrou junto ao INPI a marca 'Open Office'. Por força desse registro a BWS começou a mover uma ação na justiça do Rio de Janeiro contra diversas empresas por uso indevido de sua marca. Aqui diferente do que ocorre nos EUA a agregação de um ".org" ao nome não constitiu diferença suficiente para caracterizar uma nova marca.

A solução foi realizar uma votação aberta a toda a comunidade brasileira do OpenOffice.org para a escolha de um novo nome e assim surgiu o BrOffice.org, que hoje denomina o produto, a comunidade e o site no Brasil.

Depois existe um problema com o pequeno dicionário pt_BR que acompanha o OpenOffice.org, que é na verdade um misto do português brasileiro com o lusitano. É por isso que a correção ortográfica padrão do OpenOffice.org deixa tanto a desejar.

Mas enquanto não sai o BROffice.org 2.2, e se você decidiu ficar com o OpenOffice.org do Feisty, existe uma solução para essa deficiência do dicionário.

Basta seguir o tutorial do nosso amigo Hackmaker para utilizar o dicionário do BROffice.org (correto e bem mais completo) no OpenOffice.org 2.2 do Ubuntu 7.04: Atualize o dicionário do OpenOffice 2.2 no Feisty.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Ubuntu torna-se uma plataforma de desenvolvimento Java de primeira classe

Na linha das palavras recentes do Mark, inclusive compartilhando o mesmo entusiasmo, dessa vez o anúncio é da Sun.

Em seu weblog, Simon Phipps (Chief Open Source Officer) fala diretamente para os usuários brasileiros:

"Eu concluo que 'vocês' ficarão maravilhados com o anúncio de hoje, feito a pouco em São Paulo por Rich Green, software EVP da Sun. A novidade é que uma pilha completa de ferramentas para desenvolvimento em Java está disponível a partir de hoje (19/04) no repositório Multiverse para o Ubuntu 7.04 (Feisty Fawn). Ela inclui JDK 6, o Glassfish Java EE server, o ambiente de desenvolvimento NetBeans e o Java DB. A partir de hoje, Ubuntu se torna uma plataforma de desenvolvimento Java de primeira classe assim como o Solaris Express. É algo que torna a utilização simples - precisar de Glassfish ou Java DB como dependência tornou-se quase trivial. Mais detalhes na página GNU/Linux da Sun. Ubuntu ganha um novo colorido!"

Fonte: Full Java Stack In Ubuntu

Novo dispositivo móvel para Internet da Intel com Red Flag Linux

Intel mobile devices


Os novos 'Mobile Internet Devices' da Intel deve ser movidos a Red Flag Linux com interface ao estilo iPhone. Veja a galeria de fotos e leia sobre o anúncio aqui.


Referência: Intel prestes a lançar dispositivo móvel para Internet baseado em Linux

terça-feira, 17 de abril de 2007

Entrevista com Mark Shuttleworth

Às vésperas do lançamento do Ubuntu 7.04 Feisty Fawn sai uma nova entrevista com o Mark.
"Não enxergamos Linux como um 'teaser trailer' para vender software proprietário comercial para as pessoas."

(Mark Shuttleworth)

Segue com a minha tradução livre, deixo os comentários para um próximo post.

Mark Shuttleworth: "A hora para a comercialização do Linux para as massas ainda não chegou"
O fundador do projeto Ubuntu fala nessa entrevista sobre integração de drivers proprietários, projeto One Laptop per Child e sobre "grandes aplicações" da Microsoft

Mark CEO No final de 2004 uma nova distribuição surgiu na cena do Linux: Ubuntu. Sua popularidade cresceu rapidamente, fazendo dela a distribuição número um segundo a Distrowatch. Ubuntu foi criado pelo bilionário sul-africano Mark Shuttleworth, que fez fortuna vendendo sua própria companhia, a Thawte, para a Verisign na década 1990 o que proporcionou a base financeira para o projeto. Shuttleworth continua sendo a "face do Ubuntu", Andreas Proschofsky conversou com ele - dentre outras coisas - sobre o atual status da distribuição, sobre a competição e sobre o projeto One Laptop per Child.

Essa entrevista está disponível também em alemão (in a german translation).

derStandard.at: Quando o Ubuntu surgiu na cena do Linux ele foi considerado uma distribuição inovadora. Você acredita que ele continua assim nos dias atuais? Por exemplo, o atual openSUSE parece que integra bem mais coisas inovadoras para o desktop como o Beagle / seu próprio menu principal / Compiz.

Mark Shuttleworth: Com toda certeza. É claro que eu respeito as coisas que outras distribuições fazem, mas eu acredito que o Ubuntu tem uma comunidade muito vibrante e coisas realmente inovadoras acontecem nela primeiro. Por exemplo, em nosso mais novo release o Ubuntu é a primeira distribuição a possuir um framework completo para detecção de falhas em aplicações que convida o usuário a enviar informações sobre esses problemas para nós para posteriormente passarmos aos desenvolvedores. Essa é certamente uma fantástica inovação em termos de ser possível elevar a qualidade da experiência com o desktop como um todo.

Há também os incríveis efeitos 3D, no entanto eles ainda não estão ativados por padrão por não acreditarmos que estejam maduros o suficiente para usá-los em toda parte.

Então no mundo do software livre nós podemos integrar rapidamente o bom trabalho que vem de outras distribuições e temos também uma comunidade bastante forte capaz de fazer o trabalho por conta própria.

derStandard.at: Em comparação com Novell e Red Hat, Ubuntu não emprega muitos hackers. Teria o Ubuntu desenvolvedores suficientes para definir seus próprios releases em lugar de simplesmente seguir os passos de outros?

Mark Shuttleworth: Isso não é verdade. Nós temos aproximadamente 50 desenvolvedores de software livre que trabalham na empresa, continuamos a contratar quem acreditamos ser os melhores da comunidade, sejam do Debian ou de qualquer outro lugar onde a inovação acontece. Eu inclusive penso que nossa abordagem é especialmente planejada para funcionar bem com a comunidade do software livre.

Se você olhar para o panorama dos nossos objetivos no launchpad.net vai perceber que um conjunto completo de recursos foi planejado para este release e seus vários estágios de liberação, é algo que inclui todo o trabalho da comunidade e das pessoas que trabalham no Ubuntu em tempo integral na Canonical, eu acho que você vai concordar que essa é uma lista substancial de características especiais. E em adição a todas as coisas que acontecem no nível do GNOME, do OpenOffice.org e do kernel.

derStandard.at: Mesmo assim Edgy Eft e Feisty Fawn continuam sendo releases mais conservadores do que foram originalmente planejados.

Mark Shuttleworth: Na verdade houve apenas um recurso que eu gostaria que viesse habilitado por default neles (e não veio), Compiz ou Beryl. E a razão para isso não ter acontecido é que não estavam estáveis o suficiente para serem fornecidos a todos os usuários. No Feisty o Compiz na verdade já está instalado e para ativá-lo basta apenas selecionar uma 'checkbox'.

E também nem sempre eu consigo o que desejo. Sou apenas uma pessoa em uma enorme comunidade.

derStandard.at: Mas em sua proposta inicial para o Edgy Eft você encorajou a comunidade a "chegar ao limite" e a integrar todas as "coisas realmente novas" e parece que não conseguiu muito com isso.

Mark Shuttleworth: Bem, eu não concordo. Por exemplo, no Edgy re-escrevemos o 'Init-System' do zero, isso pela primeira vez em aproximadamente 15 anos. Trata-se de um feito importante de engenharia que outras distribuições estão planejando adotar, como o Debian ou Fedora. Somente porque o Compiz - feito pela Novell - não está pronto você não pode dizer que o Edgy ou o Feisty são um fracasso.

derStandard.at: Parece que uma das razões para não habilitar o Compiz para o Feisty Fawn está relacionada com o fato dos drivers livres não estarem bons o suficiente. O que o faz confiante de que isso mudará para o próximo release?

Mark Shuttleworth: Não é esse o caso. O próprio software - Compiz e Beryl - é que ainda não estão bons o suficiente. Se estivessem, consideraríamos utilizar drivers proprietários para fazê-los funcionar.

derStandard.at: Então se o Compiz estiver em melhor estado você o integrará no Gutsy Gibbon (o próximo release após o Feisty Fawn)

Mark Shuttleworth: Isso ainda não foi decidido. É algo que depende de nosso corpo técnico e do conselho da comunidade. Mas o que temos feito é, se existe uma aplicação de software livre que é atraente, excitante e importante, e está madura o suficiente para rodar no desktop podemos utilizar drivers proprietários para fazê-la funcionar. Esperamos fazer exatamente o mesmo com o Compiz, se ele atingir o nível de maturidade para o considerarmos pronto para o desktop.

derStandard.at: Quando anunciaram o Gutsy Gibbon vocês anunciaram também um novo sabor do Ubuntu "totalmente livre". Qual a razão por trás disso?

Mark Shuttleworth: Bem, em primeiro lugar esse novo sabor do Ubuntu não insiste em liberdade apenas para o software. Em muitos casos existe software e conteúdo nas distribuições atualmente - no Ubuntu e em outras distribuições como o Debian - que não são livres. Por exemplo bem poucos pedaços de firmware fornecem código fonte, então esse novo sabor do Ubuntu não fornecerá qualquer firmware que não possa ser oferecido com o respectivo código fonte.

Em relação ao conteúdo: Existe vários tipos de conteúdo - como PDFs por exemplo - que não são editáveis e para os quais existe uma fonte do documento editável, portanto não incluiremos esse tipo de conteúdo a menos que possamos incluir a fonte do documento. Coisas como conteúdo em vídeo: Bem, um vídeo editado é legal, mas e as fontes do material? Então essa versão do Ubuntu não incluirá qualquer registro em vídeo a menos que inclua a fonte do conteúdo ou acesso a essa fonte. Dessa forma estaremos estendendo o conceito de "liberdade" para cobrir não somente aplicações de software, mas também firmware e conteúdo o que é mais do que qualquer distribuição já fez.

derStandard.at: Com suporte estendido (LTS) no Dapper Drake vocês começaram a endereçar usuários corporativos. Qual é o lugar de vocês nesse ambiente uma vez que Red Hat e Novell oferecem muito mais ferramentas administrativas para esse tipo de instalação? Por que um companhia de grande ou médio porte que necessita de gerenciamento centralizado escolheria o Ubuntu em vez do Red Hat Enterprise Linux ou SUSE Linux Enterprise?

Mark Shuttleworth: Certo, nós não temos ferramenta proprietárias adicionais como a Novell tem, mas acreditamos que fazemos a melhor plataforma de software livre tanto para o ecossistema comercial - para Oracle e DB2 - como para o ecossistema de software livre. Então eu não acredito que precisamos oferecer um grande número de soluções proprietárias em cima do Linux. Não enxergamos o Linux como um 'teaser trailer' para vender software proprietário comercial para as pessoas.

derStandard.at: Mas não se trata apenas de software proprietário, há também a questão referente ao gerenciamento centralizado, que por exemplo o SUSE oferece através do YAST e Zenworks, vocês também não possuem nada comparável a frameworks de segurança como o AppArmor e SELinux.

Mark Shuttleworth: Sim, não temos AppArmor, existe algum trabalho preliminar para fazer o SELinux funcionar bem no ambiente do Ubuntu. Mas no estágio atual ainda não consideramos que esteja pronto para produção, portanto ainda não o integramos por padrão.

derStandard.at: E sobre gerenciamento centralizado? Ele é muito importante para empresas e vocês ainda não o possuem.

Mark Shuttleworth: É verdade, não temos uma solução interna para isso, no entanto sabemos que as pessoas estão implementando Ubuntu em estruturas bastante grandes, descobrindo que podem gerenciar isso praticamente sozinhas. Temos diversas instalações com 100.000 máquinas na Espanha, obviamente você sabe que o Google utiliza Ubuntu em todos os desktops de seus desenvolvedores. Eu certamente compreendo o que você quer dizer, que somos relativamente recentes no cenário enterprise, mas não acredito que isso represente qualquer obstáculo para a adoção.

derStandard.at: Quando sairá o próximo release LTS?

Mark Shuttleworth: Eu acredito que será o Feisty +2 (ou o próximo release após o Gutsy), mas obviamente essa não é uma decisão somente minha e consultaremos nosso quadro técnico sobre isso. É muito importante para nós estarmos confiantes sobre o que temos pela frente, e agora é o momento certo para olharmos para isso e tentarmos tomar uma decisão.

derStandard.at: Muito da sua base de usuários parece formada por "técnicos entusiastas". Como vocês planejam avançar além disso e fazer incursões sobre uma audiência mais genérica e de usuários básicos de computador?

Mark Shuttleworth: Bem, há lugares hoje onde o Ubuntu é uma opção melhor do que o Windows. Ainda não é em todo lugar - nem para todos os usos - mas existem esses lugares. Por exemplo recebemos muitas informações de desenvolvedores que instalam computadores para seus pais e que colocam o Ubuntu, isso porque essas máquinas não pegarão spywares, vírus, será fácil mantê-las remotamente, será fácil mantê-las atualizadas. E então eles não receberão ligações constates dos seus pais dizendo que seus computadores não estão funcionando ou que "meu ISP disse que meu computador tem um vírus". O Ubuntu fará tudo o que eles precisarem, web e e-mail, office, planilhas, coisas do tipo. Nesses casos o Ubuntu é uma ótima opção para o uso cotidiano. Ele é também ótimo para call centers ou ambientes de escritório, onde todo mundo está usando aplicações baseadas em web. Como exemplo, a Lufthansa usa Ubuntu para o Laptop de todos os seus pilotos, a razão para isso é que eles estão acessando constantemente redes WiFi em diferentes hotéis e o Ubuntu evita que eles sejam contaminados por spywares e vírus. Portanto existem muitos lugares onde o Ubuntu é relevante para o usuário final.

Mas não é em todo lugar, eu realmente concordo. Mas ele é bom o suficiente para mim e eu sou um usuário bastante exigente.

derStandard.at: Então quando será possível entrar em uma loja e simplesmente sair usando Ubuntu?

Mark Shuttleworth: Você já pode fazer isso no Brasil, na China, na Rússia e na Ucrânia. Você ainda não pode fazer isso na América do Norte e aqui na Europa.

Eu certamente não forço as grandes empresas de TI a colocarem o Linux nos PCs para consumidores, porque eu compreendo que no negócio deles o custo de um usuário acidental do Linux, pensando que conseguiu uma alternativa barata ao Windows, poderá se tornar um problema para as empresas que vendem esses computadores. Portanto eu acredito que ainda não chegou o momento de venda em massa de desktops com o Linux. Mas eu acredito que em mercados estratégicos como workstations ou para mercados emergentes, há boas oportunidades e nós trabalhamos com as empresas nesses mercados para que elas aproveitem essas oportunidades.

derStandard.at: Então teremos Ubuntu pré-instalados em computadores Dell?

Mark Shuttleworth: Bem - o tempo dirá.

derStandard.at: Estão em curso conversações a esse respeito?

Mark Shuttleworth: Eu não poderia comentar sobre conversações não divulgadas.

derStandard.at: Vocês parecem ter um forte relacionamento com a Sun, vocês pretendem avançar com isso no futuro?

Mark Shuttleworth: Você sabe que não dou informações sobre coisas que ainda não foram anunciadas, mas posso dizer que estou extremamente feliz com nosso relacionamento com a Sun. Tem sido muito bom para nós, ela foi o primeiro fornecedor de ponta a adotar e suportar o Ubuntu. Ela nos aproximou de clientes que nós não teríamos acesso de outra maneira. E certamente elevou nosso perfil no ambiente corporativo. E damos a Sun total crédito por reconhecer que somos um aliado significativo e valioso no processo de mudança para ela tornar-se mais orientada ao software livre.

derStandard.at: Inicialmente o desenvolvimento do Ubuntu foi principalmente financiado com seus recursos privados, isso continua assim ou está mudando?

Mark Shuttleworth: Bem, está mudando, mas ainda não mudou completamente. Ubuntu ainda depende do meu financiamento. Eu acho que essa é uma forma bastante eficiente de gastar dinheiro e ter um impacto filantrópico. Agora há milhões de pessoas com acesso a uma tecnologia confiável e de graça. E essa é uma coisa edificante que pode ser usada pelas pessoas para iniciar negócios, aprender sobre tecnologia ou transformá-las em desenvolvedoras.

Ao mesmo tempo é um desafio excitante para mim construir uma coisa que o mundo nunca tinha visto antes. Uma infra-estrutura de qualidade empresarial disponível sem custo - globalmente - e com suporte comercial, com um ecossistema comercial em torno dela e ao mesmo tempo disponível para pessoas que não estariam dispostas a pagar pelo suporte. É importante para mim focar isso como um objetivo pessoal.

derStandard.at: Sobre isso: Como o lado dos negócios da Canonical está evoluindo? Qual o sucesso do suporte LTS e do servidor?

Mark Shuttleworth: É fantástico, nós continuamos a aumentar nosso time nessa área. Eu diria que 70% do nosso negócio é focado no servidor e 60% é na América do Norte.

derStandard.at: Mas existe clientes realmente grandes que estão pagando por suporte?

Mark Shuttleworth: Sim, é claro. Existem algumas organizações grandes que usam Ubuntu, que dispõem de recursos internos para serem auto-suficientes, mas acreditamos que o que elas tendem a fazer é utilizá-lo cada vez mais em aplicações de missão crítica e portanto querem certificar-se de que possuem um contrato conosco para o caso de precisarem ter acesso ao nosso expertise.

Mas deixe-me dizer o seguinte: Ubuntu é claramente um novato no ambiente das grandes empresas, portanto não esperamos ter tudo esteja arrumado mas estamos muito satisfeitos com o progresso que estamos fazemos.

derStandard.at: Recentemente o Debian 4.0 foi lançado, no seu weblog você congratulou o time do Debian por isso. Mas além disso: Um novo release do Debian ainda tem alguma grande importância para o Ubuntu?

Mark Shuttleworth: O release em particular não é importante para nós, o que é realmente importante para nós é a saúde da comunidade e a continuidade da contribuição e participação dos desenvolvedores no Debian unstable - que usamos como base para os nossos próprios releases.

Debian é um parceiro muito importante para nós, eu estou muito feliz que eles tenham feito o release Etch. Eu fico contente que continuem a ser uma grande comunidade. Eu acho que são uma das grandes instituições do software livre assim como a comunidade do kernel, do GNOME e do KDE.

derStandard.at: Você testou recentemente o Windows Vista? Qual a sua impressão?

Mark Shuttleworth: Para falar a verdade eu ainda não testei o Vista final, eu tentei rodar o Vista Beta no VMWare sem muito sucesso, mas pude ver que eles tentaram elevar o nível do jogo. Eu dou crédito a Microsoft por fazer ótimas aplicações e algum trabalho relevante. Eu não vi no Vista nada particularmente arrebatador, mas também não o utilizei intensivamente.

derStandard.at: O que é mais popular: Ubuntu ou Kubuntu?

A versão com o GNOME tem o dobro de downloads da versão como o KDE. Mas o KDE continua sendo uma comunidade muito importante, como fonte de inovação da comunidade. Eu estou muito interessado e excitado com o trabalho que está sendo feito no KDE 4 e estou excitado que muito disso esteja ocorrendo dentro do Ubuntu.

derStandard.at: Qual sua aposta para o projeto One Laptop per Child?

Mark Shuttleworth: Eu acho que este é um projeto muito bonito e sou bastante favorável a esse trabalho, eles estão conseguindo algumas inovações incríveis por lá. Eu espero que os países que o adotarem escolham Ubuntu e se assim o fizerem, nós os ajudaremos a fazer o Ubuntu rodar muito bem nessa plataforma. No estágio atual obviamente todo mundo está aguardando para ver como ele se comportará, meu sentimento pessoal é de que já se trata de um sucesso triunfante por mexer com a indústria e fazê-la pensar a respeito de novas tecnologias e novos mercados. Mas eu também temo que as pessoas os julguem exageradamente se não conseguirem produzir o laptop por 100 dólares o que infelizmente parece estar ocorrendo no estágio atual.

derStandard.at: Quando o Launchpad será lançado como Open Source?

Mark Shuttleworth: Bem no estágio atual não há motivação para isso, por várias razões. Primeiro porque é uma infra-estrutura que foi projetada para rodar de maneira centralizada. Não ajudaria em nada termos dois ou três Launchpads. Foi projetado para ser consolidador e agregador de informações de outros lugares.

Depois porque nós continuamos a disponibilizar pedaços dele onde achamos que ajudará a comunidade. Então fornecemos pedaços da infra-estrutura de tradução para a comunidade do GNOME, temos constantemente alimentado a comunidade Zope com patches e aperfeiçoamentos. E na verdade a comunidade Zope até adotou o Launchpad como seu 'bug tracker'.

Nós liberaremos todas as peças do Launchpad uma a uma quando fizer sentido, quando percebermos uma comunidade viável para a qual liberaremos o código.

derStandard.at: Obrigado por conceder essa entrevista.

Fonte: derStandart.at/Web

Sua inspiração, nossa paixão...

Sempre deu para perceber na publicidade da Microsoft uma mensagem subliminar: "se você usa nossos produtos um dia você poderá ser tão bem sucedido como Bill Gates". Eu conheço muita gente que, por mais incrível que pareça, acalenta esse sonho e parece acreditar firmemente nessa possibilidade (principalmente os mais jovens - não por acaso é a imagem de um garoto que ilustra a página do Beginner Developer Learning Center). Mesmo não revelando isso abertamente.

Mas nesses tempos de competição feroz e aberta contra o Software Livre parece que o pessoal do marketing da gigante decidiu mesmo foi "chutar o pau da barraca". Que mensagem subliminar que nada, o negócio agora parece que é apelar para o óbvio mesmo. :-)

Vejamos agora a página principal do site da Microsoft na Internet:

Young Bill

Fica a pergunta: Será mesmo possível repetir a façanha do Gates? E ainda usando apenas software comercializado pela companhia dele?

Intel prestes a lançar dispositivo móvel para Internet baseado em Linux

A Intel está desenvolvendo um mini-tablet usando sua nova plataforma ultra-mobile PC que será anunciada ainda essa semana no Intel Developer Forum em Pequim. A grande surpresa? Ele é baseado em Linux. Nesse interim ela anunciou detalhes novos sobre a próxima plataforma Santa Rosa para o PC, incluindo uma revisão significativa do chip Core 2 Duo.

Fonte: OS News 

domingo, 8 de abril de 2007

Código GPL encontrado em driver wireless no OpenBSD

"As listas de discussão ficaram movimentadas recentemente quando Michael Buesch, um dos mantenedores do projeto sob GPL bc43xx Broadcom, para o driver do chip wireless, pediu explicações para o pessoal do OpenBSD sobre eles estarem aparentemente incluindo código sem permissão no projeto bcw do OpenBSD. Parece que o problema foi contornado por enquanto com o autor do driver para o BSD desistindo do projeto e Theo De Raadt assumindo uma posição de que os posts de Buesch sobre o assunto foram 'desumanos'."

Segundo Bruce Parens (nos comentários do Slashdot) o que está por trás dessa reclamação é o fato dos desenvolvedores do kernel Linux não desejarem que a Broadcom tire vantagem do trabalho deles em drivers fechados que, ainda segundo alguns, inclusive violam a GPL no kernel.

Parens diz que o desenvolvedor Linux ofereceu-se para relicenciar parte do seu código sob BSD mas infelizmente Theo decidiu transformar tudo em uma discussão sobre direitos humanos.

Fonte: Slashdot

O Windows logo ainda significa alguma coisa?

"O Windows Logo Program deveria ser um recurso fornecido pela Microsoft para certificar que determinado dispositivo funciona corretamente com o sistema operacional Windows. Ele funcionou para o XP, e era de se esperar que o mesmo ocorresse com o Windows Vista. Infelizmente, há sinais óbvios de que o programa não é mais um padrão confiável. Recentemente até placas gráficas estão sendo certificadas sem nem ao menos oferecerem drivers. O artigo mergulha nas 321 páginas de documentação do Microsoft Windows Logo Program 3.0 em busca de uma explicação para o significado do Windows logo no Vista."

Fonte: Slashdot

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Stallman, Torvalds e Lowry (Novell) comentam GPLv3

"GPLv3 is part of a continuous evolution of the license to prevent technology and legal trends from undermining the principles of free softwae." Richard Stallman

"In this new form I think the GPLv3 is at least a viable alternative to the GPLv2. I'll have to read it through a few more times and let things sink in, but my gut feeling from reading it through once is that I at least no longer have a feeling of 'I'd never have selected this license if I were to have started a new project." Linus Torvalds

"We are firmly committed to continuing the partnership with Microsoft and, as we always have, fully complying with the terms of the licenses for the software that we ship, including software licensed under GPLv3. If the final version of the GPLv3 does potentially impact the agreement we have with Microsoft, we'll address that with Microsoft." Bruce Lowry (Novell)

Comentários sobre o terceiro draft da GPLv3, leia aqui na íntegra.

Fonte: Linux.com

Pensamento

"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem"


Robert Musil em O Homem sem Qualidades

Vista decepciona no lançamento

"Os verjistas norte-americanos venderam 59% menos unidades do Windows Vista, durante a semana de lançamento do produto, no fim de janeiro, em comparação com a marca registrada na estréia do XP em 2001, em igual período.

Além disso, as receitas obtidas foram 32% menores, de acordo com um relatório divulgado pela empresa de pesquisas NPD Group. A queda de faturamento aconteceu apesar do aumento de 65,05% no preço médio do Vista, em comparação com o XP.

Duas semanas depois do lançamento oficial do sistema operacional, Steve Ballmer, CEO da companhia, reconheceu que as projeções de receita foram superestimadas. Na ocasião,  a companhia apostava que os usuários iriam substituir a versão XP, vigente até então, mais rapidamente do que o último lançamento."

PANORAMA - Information Week, Ano 8, Número 176

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Mas que coisa, hein? (parte 2)

"A Microsoft decidiu apressar a correção para uma falha no sistema operacional Windows, afirmando que o problema se tornou grande demais para ser ignorado.A brecha, que será corrigida na próxima terça-feira (03/03), foi descoberta pela Microsoft em dezembro, mas não foi tornada pública até a semana passada." IDG Now!

Leia a matéria na íntegra em: Com aumento nos ataques, MS adianta correção para falha no Windows - IDG Now!

E só me vem a cabeça o festejado relatório da Symantec (Report Says Windows Gets The Fastest Repairs - Internetnews.com)

domingo, 1 de abril de 2007

Mas que coisa, hein?

Gates Em março de 2007 é registrada a segunda falha de segurança remota na instalação default do venerável OpenBSD em mais de 10 anos!

Mas o mês termina "bem" mesmo é com a notícia de que um simples cursor animado é capaz de colocar de joelhos o Windows Vista, segundo a Symantec o "sistema operacional mais seguro do mundo".

Referência: Wow, little .ani crashs down Vista....