"O avião PR-BRW, um Boeing 767-300, ficou um ano atravessando o Atlântico, entre Brasil e Europa, com uma pane de conversor, que não podia pegar chuva" (denúncia no O Globo)
Um dia desses eu estava conversando com um amigo sobre a tal proposta do governo brasileiro de ressuscitar a Telebrás sob o pretexto de ser a melhor, ou mesmo única maneira, de conseguir levar o acesso a Internet em banda larga a todos os municípios brasileiros.
O argumento daqueles que defendem a idéia é de que as empresas do setor de telecomunicação não seriam capazes expandir a prestação de serviços para áreas com menor densidade populacional ou faixa de renda.
Será mesmo? Eu discordo. Acredito que tudo se resume a uma boa definição de regras claras e metas a serem cumpridas. E é claro, com todo o cuidado também para evitar um excesso de intervencionisse do estado.
E tem mais, acredito que tanto o caos aéreo que se instalou no país quanto o trust formado pelas empresas do setor de telecom, que fatiaram o país em regiões onde na prática não existe a livre concorrência, são fruto direto da negligência criminosa da administração do estado brasileiro, o responsável direto pelo sucateamento das agências reguladoras.
As agências hoje servem essencialmente como cabides de emprego e balcão de negócios inconfessáveis, quando deveriam funcionar como fiscalizadoras e definidoras de regras que proporcionassem as condições adequadas de concorrência. Condições que levassem em conta os interesses da nação e essencialmente do consumidor brasileiro.
Cabe aqui o registro de que a prática atual não é uma invenção e nem mesmo exclusividade desse governo. O que presenciamos é tão somente o agravamento de uma situação, me desculpem o trocadilho infame, provocada por anos a fio de desgoverno!
Fica então uma pergunta muito simples: até quando viveremos dessa maneira?
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