domingo, 31 de dezembro de 2006

Um Feliz 2007

Neste meu último post de 2006 gostaria de desejar a todos, sem exceção, um ano novo cheio de vida, esperança, muito sucesso e felicidade.

Que as agruras do ano que se encerra tenham produzido em nós maior força e determinação para a busca de nossos objetivos. E que as conquistas alcançadas sirvam para pavimentar um futuro cada vez mais brilhante.

Um Feliz Ano Novo para todos nós!

Fogos

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

iPod nada, eu quero mesmo é um Sansa

Sansa

Sansa e200

Talvez não tenha a mesma alta qualidade, charme ou estilo do iPod. Mas está sendo bastante elogiado e certamente apresenta uma ótima relação custo/benefício.

Avaliação do c|net: SanDisk Sansa e270 (6GB)

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

CRAP in Vista

Alerta publicado pelo Miguel de Icaza em seu blog pessoal:

"O novo subsistema CRAP (Content, Restriction, Annulment and Protection a.k.a. DRM) construído no Vista é mai uma razão para se manter afastado dele.

Deixando de lado as questões políticas do CRAP, é assim que os usuários do Vista serão tratados:
Sumário do Sumário Executivo

A especificação de Proteção de Conteúdo do Vista podem significar a mais longa nota de suicídio da história.

...

Esse documento analisa somente o ponto de vista do custo da parte técnica da proteção de conteúdo do Vista. [...] Entretanto um importante pontodeve permanecer em mente quando se lê o este documento, para funcionar adequadamente a proteção de conteúdo do Vista deve ser capaz de violar as leis da física, e isso é algo que não deve ser possível, não importa o quanto a indústria de conteúdo assim deseje.

Leia o conteúdo integralmente, é hilário.

O capacidade de "remote shutdown" para os drivers de dispositivo se verdadeira, é razão suficiente para não comprar o Vista de maneira nenhuma e em nenhuma de suas encarnações.

Microsoft: atirando no próprio pé. Um dedo de cada vez."

Fonte: CRAP in Vista - Miguel de Icaza's web log

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Há mais coisas entre o céu e a terra...

Segue como dica de leitura esse ótimo texto do Olival Júnior:

"Microsoft, Inovações de Ruptura e o Software Livre"

Olival analisa as movimentações de bastidores da Microsoft nesse início de século (para responder aos desafios impostos pelo movimento do software de código aberto) fazendo uso das teorias de inovação de ruptura de Clayton Christensen ("O Dilema da Inovação" , "Crescimento pela Inovação" , "Seeing What's Next").

Minha opinião a esse respeito é de que Olival pode estar certo, porém ainda não temos todos os indícios ou elementos necessários para a comprovação disso. Concordamos no entanto que em um prazo aproximado de 5 anos (ciclo de vida habitual dos produtos da Microsoft) é possível que tenhamos tais informações.

Por enquanto ao observar os fatos ainda me parece mais seguro assumir uma postura de reservas em relação as ações da Microsoft quanto ao FOSS.

Iniciativas como o pacto entre Novell e Microsoft ainda, estranhamente, se assemelham bastante com o "livro de receitas" dos alienígenas de um episódio de 1962 do famoso seriado televisivo "The Twilight Zone" (idéia original do Ricardo Bánffy).

É um pássaro... é um avião? Não é o boot do Edgy

Post do Yuri Malheiros:
Enquanto o Vista demora 2 minutos para iniciar, o Ubuntu...

Boot chart do Dapper:

Dapper Boot

Boot chart do Edgy:

Edgy Boot

É isso mesmo que você viu, o Edgy inicia em cerca de 17 segundos e olhe que o computador no qual foi feito o teste é um computador mediano com 2Ghz.

O Ubuntu dá uma lição em matéria de boot mostrando que não precisa ficar mais pesado e degavar em novas versões. Ponto pro pinguim sul-africano.

Eu complemento comentando esse último parágrafo do post do Yuri.

Parece que a maioria das pessoas esqueceu mesmo que a nova versão de um software deveria ser sinônimo pelo menos de código otimizado, melhor qualidade e maior performance.

Fonte: Boot ainda mais rápido - yLog

Enquanto isso no Brasil... (infelizmente)

Natal2006-1

Natal2006-2

Natal2006-3

Natal2006-6

Natal2006-7

Natal2006-4

Super Lula

Natal2006-5

Um Feliz Natal para todos... e os meus sinceros votos de que tenhamos um 2007 bem melhor!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Face Browser Login - Login Manager com OpenGL no Ubuntu

Fazendo parte do processo de especificações para futuras versões do Ubuntu, foi proposto login manager (gdm) com suporte a OpenGL.

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Leia mais sobre isso [aqui].

Fonte: NotíciasLinux.com.br

A discussão está quente e em alto nível no Webinsider

Quando Ricardo Bánffy escreveu e publicou o ótimo e honesto "Pirataria" no Webinsider é claro que ele tinha certeza de que não agradaria aos defensores do monopólio do mercado de software. Mas acho que ele não previu o tamanho da repercussão que o texto causaria.

A lista de cometários cresce a cada hora e já conta com a participação de figuras conhecidas, principalmente do lado negro da força! ;-)


Em paralelo, na lista do PSL-Brasil sob o tópico "[PSL-Brasil] Eu sei que é feio", pode-se acompanhar alguns saboros e reveladores comentários sobre o tema.

Dando credibilidade ao Pacto

Microsoft trombeteia seus 3 primeiros clientes de suporte a Linux“Não basta botar o ovo, tem que cacarejar. Esta é a visão da Microsoft, que trombeteou em todos os seus canais de divulgação que 2 bancos e uma empresa de seguros aceitaram a sua oferta e fizeram O Pacto. A Microsoft vai prestar suporte ao SUSE Enterprise Linux, da Novell, para o Credit Suisse Group, o Deutsche Bank AG e a AIG Technologies, parte da seguradora American International Group. O primeiro deles ainda não usa o Suse Linux, disse um porta-voz para as duas empresas. Rumores não confirmados informam que um dos outros 2 está trocando Red Hat por SUSE, impulsionado pela força do Pacto.O comunicado também deixa claro que a Microsoft já ativou 16.000 subscrições do SUSE nestas empresas, e que nenhuma delas substituiu alguma licença do Windows.”

Curioso não? Empresas do setor financeiro e logo no continente europeu onde os negócios e a imagem da Microsoft estão sendo torpedeados. E uma da empresas sequer é usuária do Suse Linux! ;-)

Isso me lembra da primeira metade da década 1990 quando a Microsoft iniciou seu esforço para promover o Windows NT como sistema confiável para uso corporativo, adivinhem quem foi o principal early adopter do sistema no mercado brasileiro? O Banco Bradesco!

Naquele momento, creio eu, ele já ocupava a posição de maior banco privado do país e vinha construindo uma sólida reputação como um banco moderno e arrojado na adoção da tecnologia.

A contribuição do Bradesco para o sucesso da Microsoft é tão grande que ele mereceu referência e elogios em ambos os livros lançados por Bill Gates ("The Road Ahead" e "Business @ the Speed of Thought"). No segundo livro, foi destinado praticamente um capítulo inteiro para o case do banco brasileiro.

Fica aqui a lição, se você quer dar credibilidade a um produto ou serviço promova-o com notícias de adoção por instituições do mercado financeiro.

Referência: Br-Linux.org

TSE avalia troca de Windows por software livre em urnas eletrônicas

Saiu no Convergência Digital:

"O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda a substituição do Windows pelo software livre (Linux) nas urnas eletrônicas. Segundo informação divulgada nesta quinta-feira, 21/12, pelo jornal DCI, a análise foi motivada pela necessidade de redução de custos com o sistema eleitoral, que hoje já alcança alta eficiência.

O estudo em curso elevará em conta, no entanto, a preservação da atual segurança e eficácia do sistema. O TSE também irá investir em treinamento, qualidade de serviços e novos procedimentos para aumentar a economia do sistema.

As eleições deste ano contaram com 361,4 mil urnas eletrônicas."

Certamente uma ótima notícia nesse fim de ano!

Referência: Convergência Digital

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

O original

VistaBSOD

Sim, em nova versão, mas continua sendo único... nobody does it better!

Referência: Tux Vermelho

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Se não dá para inovar tudo bem, mas a cópia nunca será tão boa quanto o original













Fico imaginando o cenário: máquinas da Apple instaladas para servir como referência para o time de desenvolvimento. Será possível?

Comerciais produzidos pelos fãs do Firefox começam a ser exibidos na TV norte-americana

Começaram a ser exibidos na TV norte-americana (EUA), desde o dia 11/12/2006, quatro comerciais criados pelos fãs do navegador web Mozilla Firefox.

Os quatro são uma amostra dos 300 comerciais que foram enviados para a Fundação Mozilla em resposta ao Firefox Flicks. Incialmente os comerciais serão exibidos nas regiões de São Francisco e Boston, depois no resto do país.

A temática desses quatro é: Firefox "a maneira mais segura, rápida e agradável de experimentar a Web" (Firefox is "the safest, fastest and most enjoyable way to experience the Web").

A exibição está sendo financiada em parte por fãs do navegador que terão seus nomes exibidos no final de cada comercial.

Os quatro são:

- Web for All
- Billy's Browser
- DareDevil
- This is Hot

Porém, definitivamente o vídeo mais popular continua sendo: Weee....Ahahahah aaauuuuwweeeee :-)

Fonte: Read/WritWeb

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

MySQL não suportará mais o Debian? Não, apenas os nervos andam à flor da pele

É, parece mesmo que os nervos andam à flor da pele!

Recentemente foi publicado no Slashdot (em notícia intitulada “MySQL silenciosamente abandona suporte para Debian Linux”) um post relatando o seguinte:

“MySQL silenciosamente deixou de suportar a maioria das distribuições Linux a partir de 16 de outubro quando seu plano de suporte “MySQL Network” foi substituido por “MySQL Enterprise”. MySQL agora oferece suporte apenas para duas distribuições Linux – Red Hat Enterprise Linux e SUSE Linux Enterprise Server. Nós tomamos conhecimento disso quando MySQL declinou em nos dar suporte para alguns servidores novos baseados em Debian. Nosso representante de vendas 'foi informado pela engenharia que a oferta atual para o enterprise não suportaria mais o SO Debian.' Nós formos informados de que 'Generic Linux' na lista de plataformas suportadas pelo MySQL significava 'versões genéricas das implementações listada acima'; não suporte para Linux em geral.”

Mas é claro que tudo não passou de um susto, de um mal entendido por falta de informação e de uma certa dose precipitação (e de sei lá mais do que).

Ainda no mesmo dia a informação foi atualizada com o seguinte comentário:

“O diretor de arquitetura da MySQL AB (ex-programador do Slash) Brian Aker corrigiu uma aparente falha de comunicação em post de blog: “nós estamos apenas começando a liberar binários [Enterprise]... nós não produzimos os binários para o Debian em parte porque a comunidade Debian já realiza um ótimo trabalho sozinha... Se você chamar a MySQL e você possuir suporte nós lhe ofereceremos suporte se você usar Debian (o mesmo para Suse, RHEL, Fedora, Ubuntu e outras)... alguém em Vendas estava com a informação errada”.

Fonte: MySQL Quietly Drops Support For Debian Linux [UPDATED] - Slashdot

Vista não é uma cópia descarada do Mac OS X e Microsoft continua na dianteira no quesito inovação

David Pogue do The New York Times consegue provar, sem sombra de dúvida e em definitivo, que o Microsoft Windows Vista não é uma cópia descarada do Mac OS X.







Assista ao vídeo [aqui].

Inclusive para ser realmente justo, no quesito inovação, eu acho importante ressaltar que há certos recursos no Microsoft Windows que permanecem exclusivos até hoje. Portanto não são coisas fáceis de clonar para outros sistemas. Veja esse exemplo:

Blue Screen Mac 1

Blue Screen Mac 2

Não dá para reproduzí-lo nativamente no Mac OS X (ou mesmo no Linux, BSD, Solaris, etc). No exemplo acima foi necessário utilizar além do Boot Camp uma cópia do próprio Microsoft Windows XP.

Referência: Está provado: Windows Vista não é cópia do Mac OS X - André Noel

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Nada além da padronização do formato de documentos para os seus próprios produtos

Como todos sabem o formato de documentos OpenXML da Microsoft foi aprovado como padrão ECMA 376 no último dia 7 de dezembro com apenas um voto contra, o da IBM representada por Robert Sutor (vice-president for open-ource and standards).

Em uma reunião com a imprensa britânica ontem pela manhã (11/12) foi a vez da Sun, nas palavras de Simon Phillips (chief open source officer), afirmar que duvida da viabilidade do OpenXML como padrão aberto.

Simon Phillips inclusive colocou em xeque a credibilidade da ECMA.

Leia mais em:

Lei tambem:

Eu compraria um Mac se não trabalhasse para a Microsoft

Não, a frase não é minha. É de Jim Allchin, um dos responsáveis diretos pelo desenvolvimento do Windows.

“Acredito que perdemos o caminho" (Jim Allchin)

Seria uma crise de meia idade?

Leia mais [aqui].

Fonte: IDG Now!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Microsoft responde aos questionamentos sobre Linux e sua propriedade intelectual

Em meados de novembro, Steve Ballmer disse "Linux usa nossa propriedade intelectual" e a "Microsoft Corp. quer obter o retorno econômico adequado para nossos acionistas por nossa inovação". Muita gente não entendeu o que ele realmente quis dizer com aquilo, assim como (nós) os editores do LXer (também não entendemos). Então o LXer enviou uma carta aberta para o Waggener Edstrom Rapid Response team, e duas semanas mais tarde, a resposta chegou (não extamente da pretendida). Leia a história completa das respostas que um porta-voz da Microsoft nos forneceu, quem sabe elas podem conter respostas para algumas de nossas dúvidas.

Leia aqui: Microsoft answers IP questions posed in LXer open letter

Isso me fez lembrar a melhor das definições da Microsoft que existem, a de que a empresa não passa de uma "máquina" de fazer dinheiro para seus acionistas. E este é um objetivo que parece prevalecer sobre qualquer outro valor corporativo.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Editorial do Br-Linux.org sobre o Computador para Todos e a pesquisa da ABES

Pode-se ler no Br-Linux.org um ótimo editorial discorrendo sobre quesões relacionadas ao programa de inclusão digital do governo (Computador para Todos) e a pesquisa encomendada pela ABES.

Infelizmente fica a impressão de que o governo brasileiro não possui a competência ou agilidade necessárias para defender seus próprios projetos ou mesmo conduzí-los da forma mais adequada.

Referência: Editorial: Computador para Todos - o que houve com essa criança sem pai? - Br-Linux.org

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

O professor Stephen Hawking recebe a Copley Medal

Stephen Hawking Copley Medal
O professor Stephen Hawking, o presidente da Royal Society, Martin Rees, e o administrador da NASA Michael Griffin

O professor Stephen Hawking recebeu a mais antiga premiação científica do mundo - a prestigiosa Copley Medal da Royal Society - por sua enorme contribuição a física e a cosmologia teóricas em 30 de novembro deste ano (2006).

A primeira premiação da Royal Society ocorreu qm 1731, portanto a Copley é mais antiga que o Prêmio Nobel em 170 anos. A premiação vem reconhecendo contribuições fundamentais para a ciência durante os últimos 275 anos, dentre os laureados estão outros importantes cientistas como Charles Darwin, Michael Faraday, Albert Einstein e Louis Pasteur.

A medalha Copleu foi entregue ao professor Hawking durante a comemoração pelo aniversário da fundação da Royal Society (fundada em 1660).

Fonte: Image of the Day Gallery - NASA

Referência: Stephen Hawking Receives Medal Flown on Space Shuttle - NASA

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

O novo que vem do velho, o velho que cria o novo - parte 2

E a França parece que continua determinada a se posicionar na liderança:
França planeja construir centro de excelência em software livre
Paris - Região próxima a Paris vai ser transformada em centro de excelência em código aberto, afirmou ministro da economia, Thierry Breton.

Leia também: O novo que vem do velho, o velho que cria o novo

Fonte:  IDG Now!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Um mundo tão complexo precisa de uma boa explicação

Material da bem-humorada campanha publicitária do Grupo Editorial Milenio (México).

Milenio 1

Milenio 2

Milenio 3

Milenio 4

Milenio 6

Fonte: Blog //celsojunior.net - Procurando por projetos e sonhos…

Firefox atinge 13,5% em novembro de 2006

Segundo pesquisa da NetApplications o navegador de código aberto Mozilla Firefox (software livre) aumentou sua participação de mercado para 13,5% (0,46 ponto percentual acima do mês anterior). Com um crescimento de 4 pontos percentuais entre janeiro a novembro deste ano (2006).

Fonte: Participação do browser Firefox aumenta para 13,5% em novembro - IDG Now!

Estudo do NIST alerta para a necessidade de registro do voto eletrônico em papel

Segundo notícia publicada pela Reuters cientístas trabalhando para o NIST (National Institute for Standards and Technology) alertaram sobre a necessidade de manter um registro em papel (hard copy) da votação eletrônica como forma de garantir uma apuração correta.

A recomendação dos especialistas norte-americanos não é uma novidade completa, leia meu post "A (in)Segurança da Votação Eletrônica".

Vamos aguardar que esse trabalho ecoe por aqui e que continuemos o processo de aprimoramento do nosso modelo de votação eletrônica. Um modelo pioneiro e coroado de enorme sucesso.

Referência: Voto eletrônico nos EUA precisa de rastro em papel, diz estudo - Yahoo! Notícias

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Ubuntu Open Week - Ask Mark

Esta ocorrendo desde a última segunda-feira (27/11), e se estendendo até o sábado (02/12), a Ubuntu Open Week.

Uma semana inteira dedica a dar boas vindas e fornecer muita informação para todos os interessados no Ubuntu.

A programação é composta de sessões on-line (servidor irc.freenode.net no canal #ubuntu-classroom) com membros e líderes da comunidade.

Os logs das sessões já realizadas podem ser lidos [aqui].

Se você tem algum interesse em Linux ou software livre de uma maneira geral e no Ubuntu de forma específica, recomendo no mínimo dar uma lida no log da sessão Ask-Mark. Essa sessão foi realizada na terça-feira (28/11) às 17h UTC com a participação do Mark Shuttleworth.

É informação de qualidade, fresquinha e direta da fonte. Imperdível.

E atenção, ainda há tempo para participar!

Devem prevalecer a coerência e a inteligência na disputa entre Google e o MPF-SP

Google oficializa canal com a PF para denúncia de crimes no Orkut
Objetivo é garantir que as autoridades brasileiras possam reportar com maior agilidade conteúdos criminosos na rede social.

Google diz que liminar desobriga entrega de dados do Orkut ao MPF
Google Brasil diz que liminar isenta empresa de prestar informações sobre comunidades criminosas na rede social, mas MPF contesta.

Fonte: IDG Now!

Novell resolve não mais apoiar o projeto Hula

A notícia saiu no Slashdot "Novell Dumps the Hula Project".

Concordo com o ótimo comentário do BR-Linux ("Novell descontinua seu apoio ao desenvolvimento de alternativa aberta ao MS Exchange") que diz:

"Mas a notícia é especialmente interessante porque foi a Novell que criou o projeto, incluindo a doação de código proprietário do projeto anterior NetMail.

Só que foi antes de ela bater a cabeça, aparentemente. Vale lembrar que a Novell encabeça hoje o desenvolvimento de outros projetos livres que buscam reimplementar ou ser uma alternativa a produtos da Microsoft."

Aviso aos mais precipitados: a promoção conjunta de final de ano da gigante, a oferta de MS Windows Vista+MS Office2007+MS Exchange 2007 anunciada logo após o pacto firmado com a Novell, não tem qualquer relação com a notícia título desse post, ok!? ;-)

Referências:

Removendo Linux e instalando pirata

Um ótimo e bem humorado artigo de Tiago Eugenio de Melo, recomendo.
Estava no trabalho quando um amigo me enviou um endereço de um site e me pediu para visitar. O endereço era sobre uma loja de informática e que também prestava serviços técnicos, durante 24 horas por dia, na cidade de Manaus. Até aí tudo bem. O que chamava atenção era o anúncio da página principal. "Remoção de Linux". Fiquei imaginando qual seria o usuário que iria pagar alguém apenas para remover o Linux do seu computador.

Leia [aqui].

Referência: Removendo Linux e instalando pirata - Notícias PSL-Brasil

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Piada do dia

Windows
V
írus Intrusões Spywares Trojans Addwares

"Finalmente um nome a altura"

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

O novo que vem do velho, o velho que cria o novo

Até ontem nos orgulhávamos de ser um país amigo do software livre. O mundo nos atirava confetes e reconhecia nossos avanços nessa área.

Mas será que continuamos a avançar? Será que já conseguimos ir além do estágio inicial dessa jornada? Será que nossos avanços são realmente concretos ou perenes? Será que já conseguimos avançar além do simples desejar ter, fazer ou poder? Convido todos a uma reflexão.

E que exemplo esse dos deputados franceses, hein!

Enquanto isso por aqui...

É parece mesmo que os povos do velho continente não cansam de dar sinais de quem está disposto a conduzir o mundo nessa jornada em direção a padrões livres e abertos, século XXI adentro.

Referência - Assembléia Nacional da França usará softwares de código aberto em PCs - IDG Now!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Uma possibilidade para a tecnologia fazer as pazes com o direito

Um bate-papo interessantíssimo com Ronaldo Lemos, diretor do Creative Commons no Brasil.

Creative Commons como uma das possibilidades para a tecnologia fazer as pazes com o direito, para estabelecer uma relação comercial direta entre o autor da obra e o seu público, como resposta aos anseios do consumidor que deseja portabilidade e a possibilidade de interação com o conteúdo que está adquirindo. Ainda, como empresas como Microsoft e Apple assumem uma postura contrária a inovação ao embalarem conteúdo digital em DRM e como a participação do Google é instigante e relevante para a definição da forma como consumiremos conteúdo daqui por diante.

Esses e outros assuntos são abordados neste podcast imperdível!

Para ouvir clique [aqui].

Referência: Podcast IDG Now!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

As intenções verdadeiras da Microsoft

Graças a uma entrevista recente de Bill Gates dada ao Cnet acho que obtive os elementos que ainda faltavam para formular minha teoria sobre as reais intenções da Microsoft em relação ao software livre.

Os objetivos da Microsoft, na minha modesta opinião, são os seguintes:

  1. Enfraquecer a relevância e influência ideológica do software livre (SL como movimento social) sobre os programadores e portanto sobre a forma como eles colaboram e licenciam o software produzido;

  2. A cisão do software livre, tal como existe hoje, em duas categorias distintas em um futuro próximo: o software grátis (que Gates compara com aquilo que a Microsoft oferece de ‘graça’ como o IE, ISS, etc) e o software open source comercial. Este segundo submetido as mesmas regras e amarras do software proprietário tradicional, com patentes de software e propriedade intelectual nos modelos convencionais. Aproveitando ainda a produtividade, eficiência e qualidade do código produzido de maneira colaborativa.


Simples assim! Ou seja, uma volta ao começo.

Essa estratégia começa lá pelos idos dos anos 1990 e vai sendo aperfeiçoada com o passar do tempo até os dias atuais.

Ela passa pela negação inicial da relevância do software livre, pelo FUD descarado da campanha “Get the Facts” e “evolui” para as iniciativas recentes de aproximação amistosa com a comunidade através de eventos, do laboratório de interoperabilidade, da colaboração em projetos, dentre outras, até o pacto recentemente firmado com a Novell.

Dito isso eu ainda me pergunto, qual será o próximo passo? Seriam esses objetivos factíveis?

E olha que eu não estou usando guarda-chuvas nem soltando foguetes. ;-)

Referência: Gates on Vista, Linux and more - Cnet

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Pensamento do dia

"Teríamos mais privacidade se todos fossem iletrados, mas não se pode realmente chamar isso de privacidade. Isso é ignorância"

(Bruce Sterling)

Bastante apropriado nesses tempos em que vemos nossa privacidade ameaçada pelo projeto de lei do Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

Viva, viva! Sou um dos felizardos do BR-Linux.org

Sou um dos felizardos da promoção Favoritos da Comunidade Linux Brasileira 2006, do BR-Linux.org.

Estou muito feliz, principalmente porque não é uma coisa tão familiar pra mim ser premiado em sorteios.

Mas agora as coisas mudaram, hehe! ;-)

terça-feira, 14 de novembro de 2006

I Install Fest Ubuntu-PA (divulgação)

I Install Fest Ubuntu-PA
e IV Install Fest Linux Pai D'Égua

Dia 18 de novembro de 2006 (sábado)
Universidade da Amazônia - UNAMA
Av. Alcindo Cacela, 287
Belém - Pará
Galeria Graça Landeira

"Entrada Franca"

Venha conhecer o GNU/Linux, o sistema operacional com licença livre que é a estrela(*) da indústria mundial de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Não perca essa oportunidade.

Ubuntu LFHBE vamos juntos desvendar o Ubuntu Linux, a distribuição que é considerada uma das mais fáceis, seguras e completas (Áudio, Vídeo, Desktop 3D, etc). O Ubuntu é também a distribuição Linux que mais cresce em número de usuários na atualidade.

Traga seu computador e aprenda como instalar, configurar e utilizar o Ubuntu para realizar suas atividades diárias de trabalho e lazer. E se você é desenvolvedor, profissional de TI ou usuário avançado junte-se a nós, colabore para a troca de experiências e para o compartilhamento do conhecimento.

Programação:

8h às 12h – Instalação, configuração e dicas sobre o Ubuntu. Serão distribuídos CDs e adesivos para os participantes (número limitado)

9h às 10h30 – Palestras e demonstrações interativas (não perca):

  • O que é Software Livre?

  • O Projeto Ubuntu Linux

  • O Ubuntu Linux no meu desktop


Atenção: Traga um CD virgem e receba a cópia da versão mais recente do Ubuntu Linux 6.10 Edgy Eft (Ubuntu, Kubuntu, Edubuntu, Xubuntu). Ou um DVD para receber uma cópia do Ubuntu Linux 6.06 (LTS) Dapper Drake em DVD.

Mas o que é mesmo um Install Fest?

Install Fest é um evento de confraternização e colaboração onde curiosos, estudantes, profissionais, usuários e admiradores do software livre e de código aberto se reúnem para a troca de informações, dicas e para o compartilhamento do conhecimento. O objetivo maior é ajudar as pessoas a instalarem o GNU/Linux e outros software livres e de código aberto em seus computadores.

O que é preciso para participar?

Antes de tudo a sua presença. Mas se você puder trazer o seu computador você receberá dicas, trocará informações e saberá como instalar e configurar o GNU/Linux dentre outros softwares livres e de código aberto.

Faça parte do Grupo Ubuntu-PA
Visite nossa página em: http://wiki.ubuntu-br.org/UbuntuPA

Agradecemos a todos aqueles que promovem a causa do software livre!

(*) Linux essencialmente é software livre e esta é a tecnologia que faz parte do trabalho de 71% dos desenvolvedores de software na atualidade e está sendo utilizada por 54% das organizações em 116 países (fonte: IDC). Ainda segundo outro estudo recente encomendado pela IBM, 83% das empresas pretende aumentar a participação do sistema em suas atividades.

Realização:

Grupo Ubuntu-PA
Grupo Linux Pai D´Égua


Apoio:

UNAMA - Universidade da Amazônia
Programa Especial de Treinamento PET/MEC
Nautilus - Soluções em Informática


Referência: 4o Install Fest

sábado, 11 de novembro de 2006

Say No To 'Treacherous Computing'







Notícias sobre o Ubuntu Developer Summit (UDS)

Dica de leitura: Saiu no Linux.com um artigo intitulado "Report from the Ubuntu Developer Summit" contendo informações interessantes sobre o recente UDS (algumas fotos).

O artigo aborda o funcionamento do próprio UDS, destaca características diferenciadas do projeto Ubuntu, como o fato dele ser umas das distribuições mais abertas a participação da comunidade, e também informa sobre decisões que afetarão a futura versão Feisty Fawn (Ubuntu 7.04).

Como por exemplo as mudanças no suporte a codecs de áudio no Ubuntu, com os programadores buscando uma forma de permitir que usuários possam baixar e instalar codecs por demanda.

Informa também sobre o trabalho sendo realizado para sanar o problema do "audio jumble", que ocorre quando diferentes "sistemas de áudio” ou programas entram em concorrência para acessar ao mesmo tempo os recursos de som do sistema.

É relatado também que Mark Shuttleworth informou que efeitos de desktop, através do Beryl, terão alta prioridade para o Feisty. E a notícia mais polêmica, de que a próxima versão do Ubuntu expandirá o suporte padrão a drivers binários, para muitos um retrocesso em relação ao que ocorreu com o Edgy nessa área. E registre-se aqui, na minha modesta opinião, um tema além de polêmico bastante complexo e que afeta diretamente o software livre como um todo.

O autor destaca ainda as participações de Josh Berkus do time do PostgreSQL, que esteve presente para falar sobre os aprimoramentos na performance da instalação padrão do PostgreSQL no Ubuntu, e de Keith Packard da X.org falando sobre as especificações do X.org para o Feisty.

Direto e Incisivo - sobre Microsoft e Novell

Minha primeira escolha para o título desse post foi 'Curto e Grosso'.

Mas imediatamente tratei de alterá-lo.

Eu explico, seria difícil usar um título desses para recomendar a leitura do texto "A Microsoft mudou? Alguém acredita?", de Rubens Queiroz.

Quem o conhece sabe o quanto é improvável que qualquer coisa de sua autoria seja remotamente desprovida de inteligência, senso de humor e elegância. E esse texto não é uma exceção.

Referência: A Microsoft mudou? Alguém acredita? - Dicas-L

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Ora, mas o preço do software são os termos da GPL

Conforme as informações vão sendo liberadas a respeito do "pacto" entre Novell e Microsoft e a medida que estas informações são analisadas, inclusive em relação as declarações dadas por todos os envolvidos, lentamente o cenário vai ficando mais nítido e logo teremos a dimensão exata de suas implicações.

"(Groklaw) As corporações crêem que há dinheiro a ser feito mas a GPL pode estar bloqueando o caminho. Elas só esqueceram que todo software tem um preço e o preço nesse caso são os termos da licença."


"(Groklaw) So let me get this straight: Novell promises not to sue Microsoft's customers for using Microsoft software. Microsoft promises not to sue Novell SUSE paid customers for using Novell SUSE. They each pay each other millions. But it's not a patent cross license. No sirree. Why that would violate the GPL, don't you know. [People who get it.]"



Leia mais [aqui].Referência: Details of Novell-MS Pact - The SEC filing - Updated

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Projeto de lei de controle sobre a Internet é retirado de pauta no Senado

A absurda Lei de "Regulamentação" da Internet (agora conhecida como Lei Azeredo), foi retirada de pauta no Senado Federal. (Blog Flanar)

O comentário acima é do Blog Flanar sobre a retirada do polêmico projeto da pauta do Senado Federal, sem previsão de retorno.

Leia mais sobre isso em:

Charge do dia

Burocracia On-line

Só mais FUD requentado?

Depois de ler as palavras do Ballmer na eWeek eu penso, será mesmo que haverão segundas intenções no acordo entre Microsoft e Novell?

Tantas recomendações, tanto empenho em convencer as empresas que atuam com open source para que sigam os passos da Novell pode acabar levantando suspeitas desnecessárias sobre uma possível intenção não revelada da gigante.

É preciso cautela, desse jeito não vai demorar até que alguém um pouco mais afoito apareça dizendo que está diante de mais um caso do "bom e velho FUD Microsoft". Requentado e bem mais sutil.

É preciso cautela ou não vai tardar até que alguém pense que a Microsoft só está interessada no acordo para construir sua reputação no seio da comunidade open source. Para no futuro de alguma forma poder construir através da Novell uma relação vantajosa de dependência da comunidade ao seu modelo de negócio.

Linus Torvalds disse recentemente que não via problema em aceitar um patch vindo da Microsoft, desde que viesse assinado. E eu concordo plenamente!

Vejamos ainda, se a Microsoft acredita realmente que sua propriedade intelectual não está sendo respeitada por que não recorre à justiça? Por que não faz algo de concreto para resguardar os seus interesses? Será que estas acusações realmente se sustentariam em um tribunal?

Mas afinal, quais seriam essas patentes? Até onde eu sei ela nunca deixou isso claro.

Essas são apenas algumas das perguntas para as quais eu acho que ninguém ainda tem as respostas.

Precisamos evitar o sequestro da Internet! - continuação

Excelente material publicado no Portal Terra: Projeto pretende controlar livre acesso à Internet

"... caso aprovadas da forma que estão, as exigências podem levar os provedores a oferecer seus serviços no exterior, onde tais obrigações inexistem. Segundo ele, isso acarretaria perda de empregos diretos e indiretos, além de diminuição de investimentos no setor.

... a Abranet defende a auto-regulação e participação da sociedade e dos usuários, a exemplo do que há muitos anos se consolida em práticas internacionais." -- Antônio Tavares, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet)

"A Internet é muito dinâmica e essas leis podem se tornar obsoletas rapidamente. Em apenas algumas situações novas, como a difusão de vírus, por exemplo, a tipificação se justifica. Para outros tipos de crime, deve ser utilizada a legislação vigente.

Uma pessoa que vá ao correio colocar uma carta, ou mesmo usa um telefone público não necessita fazer isso. Mas na Internet seria obrigado. Há muito exagero nesse sentido." -- Demi Getschko, conselheiro do Comitê Gestor de Internet

Mark Shuttleworth e o fenômeno Ubuntu

Mark CEORecente entrevista dada por Mark Shuttleworth (30/10) ao CNET News.com.

Leitura imperdível para aqueles interessados em Linux ou em conhecer a fundo o projeto Ubuntu e suas diferenças e semelhanças em relação a opções como as da Red Hat, SuSE e Debian.

Ou para quem procura informações, direto da fonte, sobre as estratégias e os planos da Canonical para essa que é uma das distribuições Linux mais queridas e a que mais cresce em adoção na atualidade.

Se tivesse que condensar o conteúdo dessa entrevista certamente eu o faria utilizando apenas duas palavras "coerência" e "ousadia".

Referência: A Linux start-up on the path to profits

Posicionamento do Icaza sobre o acordo entre Microsoft e Novell

Miguel de Icaza expõe seu posicionamento, aborda o assunto em relação ao desenvolvimento do Mono e fala de questões como patentes de software e colaboração.
"The Mono strategy for dealing with these technologies is as follows: (1) work around the patent by using a different implementation technique that retains the API, but changes the mechanism; if that is not possible, we would (2) remove the pieces of code that were covered by those patents, and also (3) find prior art that would render the patent useless.

This is what we would have done before the agreement, and that is what we will continue to do.

Not providing a patented capability would weaken the interoperability, but it would still provide the free software / open source software community with good development tools, which is the primary reason for developing Mono." -- Miguel de Icaza

Leia em: Microsoft and Novell Collaboration, follow - Miguel de Icaza

Referência: Apple and the Microsoft Deal

Precisamos evitar o sequestro da Internet!

Em uma atitude corajosa e coerente a Revista INFO, publicação da Editora Abril, utiliza seu site na Internet para informar corretamente as pessoas a respeito da péssima e nociva proposta do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) que deseja "sequestar" a Internet.

Leia e contribua:

Projeto a ser votado no Congresso Nacional pode ser um duro golpe para a Internet brasileira

Um projeto substitutivo de lei que será votado na quarta-feira (08/11) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJC), de redação do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) com a colaboração do seu assessor José Henrique Portugal, em nossa opinião representa um retrocesso para a Internet no Brasil e ameaça os direitos e a liberdade dos cidadãos brasileiros por partir da premissa absurda de que todos nós somos criminosos e que precisamos ser vigiados!

Concordamos totalmente com a afirmação de Thiago Tavares, diretor da organização de combate ao crime digital SaferNet que diz o seguinte em matéria publicada pelo IDG Now!:

"Esta lei se parece em alguns aspectos com o Patriot Act, decretado nos Estados Unidos, após o 11 de setembro. O perigo é se criar um patrulhamento geral da Internet, restringindo liberdades civis e individuais”

"...hoje o Ministério Público Federal mantém um acordo de cooperação com os maiores provedores que atuam no País, o que lhe garante que, mediante aprovação judicial de pedido de quebra de sigilo, estas empresas forneçam os registros de IP dos criminosos, permitindo localizar via provedor de conexão - seja de telefonia ou TV a cabo - o endereço físico e os dados pessoais do infrator."

Portanto qual o benefício desse 'fichamento digital' para a população brasileira? Parece que a coerência do texto desse projeto substitutivo de lei não resiste nem sequer a uma simples pergunta como essa: “você pode perguntar o que acontece se alguém usar o meu CPF para fazer um cadastro. Bem, aí é o crime do crime. É a exceção, não a regra” - reconhece o próprio autor, o senador Azeredo (na mesma matéria já citada).

Seria mais produtivo combater o crime digital no Brasil sem a necessidade de subtrair a liberdade do cidadão inocente. Mais eficaz seria munir e qualificar nossos policiais para combater esse tipo de crime, inclusive com a criação de uma divisão especial de crimes digitais para a Polícia Federal. Ou resolver nosso histórico problema de morosidade no Judiciário e aplicar penas mais duras e severas para os criminosos condenados.

O combate duro a corrupção, ao "crime do colarinho branco" e ao crime organizado também contribuiriam bastante para melhorar o quadro da segurança da população, inclusive nessa área específica.

Outra medida importante seria uma fiscalização das instituições financeiras para garantir que estas aplicam e empenham seus melhores esforços em oferecer aos usuários o que há de melhor, mais moderno e seguro em termo de recursos tecnológicos para proteção das transações eletrônicas.

Em pleno século 21 ainda existe gente no Brasil que se vê obrigada a confiar em um pedaço de plástico com uma tarja magnética, facilmente clonável, que tem como chave de segurança apenas uma simples sequência de “cinco” dígitos numéricos! E isso para movimentar todos os seus recursos financeiros.

Não bastasse tudo isso ainda pairam suspeitas que por trás do projeto está operando o lobby das empresas de certificação digital. Em nossa opinião essa também é uma hipótese que não deve ser descartada, e precisa ser investigada e levada a público.

Pra finalizar, nas palavras do senador Azeredo: "O projeto prevê o 'disciplinamento' do uso das novas tecnologias". Cabe a pergunta, de onde será que ele tirou isso? De algum manual do DOI-CODI?

sábado, 4 de novembro de 2006

Opinião de Cesar Brod sobre o acordo entre Microsoft e Novell

Pedi a opinião de Cesar Brod sobre o acordo entre Microsoft e Novell, e transcrevo ela aqui na íntegra.

Acho que Cesar Brod dispensa apresentações, dentre outras coisas ele é o idealizador e um dos fundadores da Solis, é membro da iniciativa "Linux around the World" de Jon "maddog" Hall e recentemente ficou entre os três finalistas para o Free Software Award, junto com Andrew Tridgel (Samba) e Theo de Raadt (OpenBSD) que ficou com o prêmio.

-- Início da mensagem --

Olá Antônio!

Tenho acompanhado de perto as iniciativas da Microsoft com o modelo de negócios de código livre e aberto. Há alguns meses participei de um evento da empresa em Boston, onde tive a oportunidade de perguntar ao Steve Ballmer se a competição com softwares livres foi o que fez com que a MS começasse uma mudança para um modelo de "software como serviço". Ele respondeu-me que considera a competição com o software livre da mesma forma que considera a competição com outras empresas
como Oracle e Novell: "Haverá momentos onde vamos cooperar e momentos onde vamos competir".


Assim, esta parceria com a Novell parece-me coerente com as demais ações da Microsoft, mas talvez esta seja a de impacto mais visível para o grande público. Não faz muito tempo a Microsoft investiu no jBoss, no SugarCRM e há pouco mais de um mês trabalhou com a fundação Mozilla para garantir que seus softwares rodassem bem no Vista. Agora, explicitamente, anuncia um acordo de suporte ao SuSE Linux neste acordo com a Novell.

O que é mais interessante, na minha opinião, é ver como o software livre tem o poder de permear entre a competição. Quem imaginaria, há poucos anos, que a Novell e a Microsoft dariam o suporte a uma distribuição Linux? Mas isto é muito natural! As empresas que permanecem no mercado são as que têm a dinâmica e o entendimento de que não é um determinado produto que irá satisfazer seus clientes, mas sim a solução que melhorará o seu negócio, sua lucratividade e seu poder de competição.

Com a área de TI assumindo uma importância cada vez maior dentro das empresas, é natural também que as mesmas tornem-se cada vez mais exigentes e participantes na construção das soluções que necessitam para a melhoria de seus negócios. Obviamente o conhecimento do código fonte dos sistemas que utiliza permite a ampliação desta participação.

As empresas já usam plataformas mistas na composição de suas soluções. Isto é fato. Assim como é fato (seja real ou percepção) de que há ainda uma falta de suporte para ambientes de software livre. A Microsoft já construiu um nome e uma tradição que a permite colocar uma estrutura de suporte e garantir a seus clientes a tranqüilidade na escolha de uma solução que não envolva apenas os seus produtos -- isto já acontece há tempos no que se refere a aplicativos e agora passa a acontecer também com sistemas operacionais.

Lembro ainda de uma conversa com o Bill Hilf, que coordena o laboratório open source da Microsoft. Quando o WiX (o criador de instalações Next, Next, Install da Microsoft) foi liberado, o primeiro
projeto a utilizá-lo foi o MySQL. Isto fez com que esta base de dados se popularizasse ainda mais, a ponto de hoje existir mais MySQLs rodando no Windows do que em outros sistemas operacionais. Alguém da Microsoft insinuou que eles estariam "entregando o ouro aos bandidos"
ao permitir o aumento da competiçâo contra a sua própria base de dados, o MS SQL Server. O Bill respondeu a isto afirmando que se era um simples instalador que os faria perder o poder de competição, então haveria algo de errado com o produto que comercializavam.


Eu poderia ir mais adiante, mas minha resposta ao teu e-Mail já virou uma bíblia (e olha que ao reler fui reduzindo ao máximo à essência da minha opinião). Claro que pode publicar! Desde sempre, tudo o que sai da minha boca ou que vai direto da minha cabeça para o papel é "share-alike". Como me disse uma vez o Peter Salus -- grande mestre -- "pode fazer bom ou mau uso de qualquer coisa que eu diga ou mesmo escrever o que eu não disse, já descobri que palavras são filhos rebeldes mesmo..."

Abração!

Cesar

-- Fim da mensagem --

Cesar, muito obrigado pela contribuição.

Rapidinhas

Red Hat scathing over MS/Novell deal
Open source innovation delivers better software and better value - Red Hat

HP: Open source can be more profitable than proprietary
HP's open source and Linux chief technology officer Bdale Garbee said that open source margins are sometimes higher than for Microsoft-based solutions.

Sun drops hints on Java open source licence
Sun Microsystems is likely to use the Community Development and Distribution License to govern the forthcoming open source Java software project, chief executive Jonathan Schwartz said on Wednesday

Frase do dia

"It was inevitable. The best technology has been acknowledged." (Opinião da Red Hat sobre o anúncio envolvendo Microsoft e Novell)

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Manchete do dia

"Microsoft and Novell: Fox marries chicken, both move into henhouse." (Dana Gardner - ZDNET)

Opinião de Alexandre Oliva sobre o acordo entre Microsoft e Novell

Publico aqui na íntegra a análise de Alexandre Oliva a respeito do acordo anúnciado ontem (02/11) entre as então arqui-rivais Microsoft e Novell. Alexandre é membro do board da FSF Latin America e Compiler Engineer da Red Hat.

- início do texto --

Novell, Microsoft, Patentes e GPLs

Alexandre Oliva <lxoliva@fsfla.org>

Tanto a GPLv2 quanto a GPLv3 têm uma cláusula que fala de limitações à
distribuição caso não se possa passar adiante as mesmas liberdades.
Usando a tradução da CC-GNU-GPL-BR, cito da GPLv2
http://www.softwarelivre.gov.br/Licencas/LicencaCcGplBr/view

7. Se, como resultado de uma sentença judicial ou alegação de violação de patente, ou por qualquer outro motivo (não restrito às questões de patentes), forem impostas a você condições (tanto através de mandado judicial, contrato ou qualquer outra forma) que contradigam as condições desta Licença, você não estará desobrigado quanto às condições desta Licença. Se você não puder atuar como distribuidor de modo a satisfazer simultaneamente suas obrigações sob esta licença e quaisquer outras obrigações pertinentes, então, como conseqüência, você não poderá distribuir o Programa de nenhuma forma. Por exemplo, se uma licença sob uma patente não permite a redistribuição por parte de todos aqueles que tiverem recebido cópias, direta ou indiretamente de você, sem o pagamento de royalties, então, a única forma de cumprir tanto com esta exigência quanto com esta licença será deixar de distribuir, por completo, o Programa.

O "você" acima se aplica a quem recebe ao software, mas não ao seu autor. Se o autor está criando uma obra derivada, então ele precisa seguir esses termos no que diz respeito à derivada, mas se cria um trabalho independente, do zero, pode muito bem impor essa condição a todos os outros sem cumpri-la. Ou seja, pode estar colocando em risco toda a sua comunidade de usuários sem correr qualquer risco jurídico.

Imagine o seguinte cenário, onde os nomes de duas empresas são substituídos por X e Y para proteger os, erhm, culpados ;-)

- X obtém patentes de software

- X as licencia para Y e promete não processar Y, clientes de Y nem outros desenvolvedores não comerciais de Software Livre que usam o software distribuído por Y que implementa as patentes de X cobertas pelo acordo

- Y cria uma peça de software que implementa uma dessas patentes e a distribui sob a GPL

- Y obtém apoio da comunidade e deixa seus clientes contentes

- O software de Y recebe contribuições de vários voluntários e Y insiste que eles transfiram os direitos autorais para Y antes que as contribuições sejam aceitas

- O software de Y é um sucesso estrondoso, e todos os usuários passam a exigi-lo para compatibilidade com um software de X muito usado

- Todo distribuidor de software, comercial ou não, passa a distribuir esse software de Y também

- X lança um ataque coordenado, processando todos esses distribuidores comerciais, assim como seus clientes que não sejam cilentes de Y, por violação de patente

- Usuários são assustados para longe do Software Livre porque é muito perigoso ter de enfrentar X no tribunal, ou correm para buscar proteção através de Y.

- Y obtém um monopólio em Software Livre e alcança lucros vultosos com isso

- X pode dizer a todos que há competição, enquanto assusta clientes para longe de seus competidores, obtém lucros vultosos dos royalties de patentes pagos por Y e dos litígios com outros distribuidores comerciais do software de Y e seus clientes, atrasa o projeto que usava o software de Y para compatibilidade com uma das maiores fontes de riqueza de X e atrai clientes assustados de volta para seu próprio produto.

Parece um ótimo negócio para ambos e, até onde consigo ver, Y não está violando nem a GPLv2 nem o último rascunho da GPLv3, e X nem chegou perto do código de Y para ser afetado por sua licença.

Corrigir isso na GPLv3 não é fácil, pois não fica bem impor uma nova obrigação, tal como proteger usuários contra ações por patentes, a alguém que tenha licenciado código sob GPLv2 ou superior.

Talvez a melhor solução para esse problema seja incluir um declaração de que o titular, enquanto distribuir o software sob essa licença, não tem conhecimento de patentes que exigiriam que distribuidores do software protegessem outros usuários.

Essa discussão está em andamento em http://gplv3.fsf.org/comments/rt/readsay.html?filename=gplv3-draft-2&id=2132)

Dito isso, parece que o acordo da Novell com a Microsoft, ainda que de fato dê espaço a esse problema, não era o interesse maior da Novell. Parece que a Novell pode ter sido vítima de mais uma jogada inteligente da Microsoft, em que Microsoft obtém vantagens sem de fato perder nada.

As condições do acordo, publicado em http://www.microsoft.com/interop/msnovellcollab/patent_agreement.mspx,
simplesmente não permitem que a Novell use esse acordo para distribuir software que viole as patentes da Microsoft cobertas pelo acordo sob a GPLv2, justamente por causa da cláusula 7 citada acima. O acordo prevê um conjunto limitado de pessoas que estariam cobertas pelo acordo menor do que "todo mundo que receba o software ou versões dele derivadas", e ainda estabelece um prazo de validade de uso da patente de apenas 180 dias para quem não for cliente da Novell.

Copyright 2006 Alexandre Oliva <lxoliva@fsfla.org>
Permito a publicação do texto acima em qualquer meio, sem modificações ou remoções, desde que esta nota seja preservada. Para outras permissões, entre em contato comigo.

--
Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
FSF Latin America Board Member http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer aoliva@{redhat.com, gcc.gnu.org}
Free Software Evangelist oliva@{lsd.ic.unicamp.br, gnu.org}

-- Fim do texto --

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Mais sobre o anúncio conjunto de Microsoft e Novell

Informação oficial:

Faz pouquíssimo tempo que ocorreu o anúncio, portanto vou deixar passar mais um pouquinho (até mesmo para que eu possa refletir melhor sobre ele) e só depois, quem sabe, pensar em escrever alguma crítica ou análise mais fria. Entretanto não consigo ficar indiferente aos excessos que estão sendo cometidos por toda a Web ao se informar sobre o tal anúncio. Algumas pessoas parecem ter ficado completamente inebriadas de otimismo.

Praticamente não se lê alguém fazendo críticas a esse respeito. É como se tivesse sido possível o anúncio de um acordo perfeito! Esse comportamento se repete até mesmo em sites mais tradicionais da comunidade do software livre. Não estou buscando "pêlo em casca de ovo" mas por favor, modestamente eu recomendo um pouco mais de cautela.

Ora, mas eu também não vou ser assim tão inócuo, até mesmo porque não é essa a minha índole.

Com vocês o artigo do GrokLaw entitulado Novell Sell Out. Leia na íntegra [aqui].


Quem sabe pode servir para refrear um pouco o excesso de entusiasmo de alguns.
"Excuse me while I go throw up. I gather Microsoft no longer thinks Linux is a cancer or communism. Now it just wants a patent royalty from it. Wasn't that kinda SCO's dream at first? A kind of royalty on every box sold, every server shipped? Blech. And this "patent promise" is only for SUSE, so that tells the discerning observer that Microsoft will likely be suing others. As for Novell, if history means anything, it will end up Microsoft roadkill. It's so funny to me that nobody ever remembers what comes *after* the Embrace."

-- from GrokLaw

Apple and the Microsoft Deal

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=WxOp5mBY9IY]

E já se passaram quase dez anos desde aquele anúncio histórico em 1997. Quanta coisa mudou desde então, hein!?

É pra fazer pensar.

Parece mesmo que a Microsoft vai vender “câncer” - uma rápida análise

Dessa vez a turma do "marketing" da Microsoft pode ter acertado em cheio!

Eu explico:

Com os sucessivos atrasos no desenvolvimento do Vista, os excessos com os pré-requisitos para o sistema, as chatices intermináveis da nova tecnologia de ativação e controle de cópias do Windows (WGA), a confusão em torno do número de versões diferentes ou dos recursos disponíveis na versão final do produto, sem falar no desgaste com as críticas recentes feitas pelas empresas desenvolvedoras de soluções de segurança para Windows a respeito de novos recursos, tudo indicava que teríamos na melhor das hipóteses um lançamento morno para os dois principais produtos da gigante, o Microsoft Windows e o Microsoft Office.

Agora com um coelho tirado da cartola aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo e, coincidentemente ou não, com a confirmação do lançamento de ambos os produtos citados para 30 de novembro (para empresas) parece que finalmente reinará a paz durante o período das festas em Redmond.

É possível que a Microsoft tenha encontrado uma fórmula para despertar maior interesse por seus lançamentos nesse fim de ano, mais importante ainda, finalmente no nível em que ela esta acostumada a conseguir.

O irônico da situação é que o responsável direto por isso sequer é um produto da Microsoft, muito menos uma tecnologia promovida por ela. Mas é algo que ela tentou combater a todo o custo e responde pelo nome de Linux! ;-)

Mas não deixa de ser uma notícia interessante e possivelmente um sinal de novos tempos.

Parece mesmo que a Microsoft vai vender “câncer” - mais detalhes

Para os detalhes oficiais:

Parece mesmo que a Microsoft vai vender "câncer"

Acabo de ler no The Register uma notícia "bizarra" sobre um negócio envolvendo Microsoft e Novell.

Isso mesmo!

Ao que tudo indica a Microsoft está pronta para anunciar um acordo sobre suporte e desenvolvimento de software para o SuSE Linux da Novell. Em troca a Microsoft concorda em abrir mão de qualquer direito sobre a propriedade intelectual de software incorporado ao SuSE.

O CEO Steve Ballmer agendou uma coletiva de imprensa para esta tarde em São Francisco onde ele deve passar maiores detalhes sobre o negócio.

"Se for verdade esse será o mais recente acerto da Microsoft com uma empresa de open source e o reconhecimento tácito de que o Linux está se tornando uma força que não pode ser ignorada. Nos últimos dois anos a Microsoft já fez acordos com MySQL, JBoss, SugarCRM e Zend para aprimorar a execução dessas tecnologias no Windows, também anunciou suporte ao Linux para o Windows Virtual Server 2005 e um abrangente relacionamento com a XenSource, importante player na área de virtualização em open source" informa o The Register.

Ainda segundo o site de notícias "o relacionamento com a Microsoft é significante para a Novell que luta para transformar o Linux na história de sucesso que ela planejou ao adquirir a SuSE".

O mercado parece já ter reagido ao possível apoio dado por Redmond elevando em 20% o valor das ações da Novell assim que a notícia se espalhou. "Talvez a Microsoft possa vender Linux melhor do que o pessoal de Utah" brinca Gavin Clarke, autor da matéria. E continua, "Red Hat certamente ficará ciente desse acordo".

A matéria encerra com seguinte: "Na semana passada, a Oracle avançou sobre a fornecedora de Linux e agora outro grande fornecedor de software proprietário também partiu pra cima."

Leia a notícia na íntegra [aqui].

sábado, 28 de outubro de 2006

Comentário de Mark Shuttleworth sobre o tema Firefox no Debian

Mark Shuttleworth publicou em seu blog um comentário bastante lúcido (Firefox and Ubuntu) sobre o recente desentendimento entre os desenvolvedores do Debian e a Fundação Mozilla em relação a marca registrada Firefox (navegador distribuído sob licença livre). E sobre como isso pode afetar o software livre, a comunidade e como o Ubuntu está preparado para enfrentar o problema.

O comentário de Mark é especialmente importante por lembrar que os envolvidos estão comprometidos com o software livre e compartilham 99,9% da mesma visão, portanto possuem muito mais em comum do que seus colegas ou concorrentes como Microsoft e Opera, e outros fornecedores de navegadores proprietários.

Segundo o criador do Ubuntu o caminho para a solução dessa crise está em manter aberta uma linha de diálogo lúcida sobre os alinhamentos e divergências reais e procurar não reduzir a questão a uma simples "pedra no sapato".

Ele fala ainda das complexidades e de algumas inconsistências do posicionamento sobre software livre e marcas registradas no próprio projeto Debian.

E pede que não permitam que a discussão ou divergência seja a última coisa a ser lembrada desse episódio.

Leia o comentário de Mark Shuttleworth [aqui].

Microsoft e sua estratégia para a Internet

Material interessante, e na minha modesta opinião um pouco otimista, sobre as estratégias da Microsoft para enfrentar a concorrência neste século XXI.

Essa é visão de Sílvio Meira (para sua coluna no G1). Leia [aqui].

Segundo IDG Now! Firefox continua superior ao IE (comparativo entre as novas versões)

Segundo o IDG Now! em comparativo entre os navegadores Mozilla Firefox 2 e Microsoft Internet Explorer 7:

"Qual deles usar?... A versão 7 (do IE) é, sem dúvida, superior à 6. Agora, entre os dois concorrentes, o Firefox continua sendo o melhor."

Leia a análise completa [aqui].

Uma rápida pesquisa no Google Trends também revela o crescente, e maior interesse, pelo navegador da Fundação Mozilla em comparação com o navegador da Microsoft.

Trends FF vs IE

Ainda segundo o IDG Now!:

"Em apenas dois anos, o desafiante de código aberto abocanhou 12,46% de representação do setor, segundo dados da OneStat para setembro, e introduziu em massa funções que se tornaram padrões na maneira como usuários navega."

Referências:

Charles Simonyi da Microsoft será o próximo no espaço

Depois de Mark Shuttleworth agora é a vez do lendário Charles Simonyi.

A BBC anunciou que o húngaro Charles Simonyi, um bilionário engenheiro de software da Microsoft, de 58 anos será o primeiro “nerd” no espaço, a bordo da Soyuz TMA-10, quando a aeronave decolar em 09 de Março de 2007. Charles têm em seu curriculo trabalhos como o desenvolvimento do Multiplan, Word, e Excel, entre muitos outros. Ele lançou um site detalhando os 3 objetivos que ele deseja alcançar com a viajem: evoluir a participação de civis no espaço, ajudar nas pesquisas de tecnologia de software para estações espaciais, e fazer com que crianças gostem mais de ciências e espaço.

Para saber mais acesse [aqui].


Leia também: Russos definem data para mais um turista espacial (G1 - O portal de notícias da Globo)

Fonte: Underlinux

Rapidinhas

Chicago adota Linux para cortar gastos
Mais uma grande cidade resolve adotar Software Livre para cortar gastos, agora foi a cidade de Chicago. "A prefeitura de cidade de Chicago, nos EUA, começou o processo de migração de sua área de Tecnologia da Informação para o sistema operacional de código aberto Linux." (referência: River de Morais e Silva - riverdemoraisΘyahoo·com·br - BR-Linux.org)

Migrou para o Firefox 2? Veja os principais ajustes de configuração
“O Lifehacker apresentou uma lista dos principais ajustes de configuração do novo Firefox 2, para quem quer tirar o máximo da nova versão do navegador. Eu usei várias das sugestões deles, e acho que você também vai usar! Veja também os comentários dos leitores de lá, eles acrescentam várias dicas adicionais interessantes.” (referência: Tatiana T - BR-Linux.org)

Linux é a quarta marca mais citada na Web brasileira

Em matéria publicada no G1 (portal de notícias da Globo), Linux figura como a quarta marca mais citada na web brasileira. Ficando atrás somente de Banco do Brasil, Coca-Cola e Ford! Na categoria sistemas operacionais o Linux aparece com 63,83% de popularidade contra 31,85% do segundo colocado.

Linux - mais lembradas
A pesquisa foi realizada no mês de setembro e segundo o portal BR-Linux.org o resultado obtido "é reflexo do trabalho executado por toda a comunidade do software livre espalhada por este país.".

Com o que concordo plenamente.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Ops, he did it again!

Jon Lech Johansen, o "DVD-Jon" aprontou de novo.

Dessa vez a vítima foi a FairPlay do iPod/iTunes (Apple).

Lei a notícia [aqui].

"DVD-Jon" ficou famoso por seu trabalho no DeCSS, que decodifica o sistema de proteção e licenciamento (content-scrambling) do conteúdo dos DVDs. Causando uma dor de cabeça e tanto para os barões da indústria do entretenimento.

Leia também:

Empresa brasileira processa outras empresas que usam o nome OpenOffice.org

Transcrevo aqui na íntegra do post "Chegou o dia: Empresa brasileira processa outras empresas que usam o nome OpenOffice.org" publicado no BR-Linux.org dada sua relevância e solicito apoio a todos que puderem divulgar.

-- Início da Transcrição --

Veja o alerta da LinuxMall e ajude a divulgar.

A notícia abaixo é importante, e conto com a capilaridade da comunidade Linux brasileira para reproduzi-la e disseminá-la tão amplamente quanto possível, para que o maior número de pessoas esteja ciente e pronto para oferecer sua contribuição no momento certo.

Já em 2004 a comunidade foi alertada sobre a empresa detentora da marca registrada Open Office no Brasil estar com intenções belicosas contra o projeto internacional OpenOffice.org.

Seguiram-se manifestos, o pessoal brasileiro do desenvolvimento do OOo sabiamente mudou de nome para BR-Office.org, distribuidoras comerciais nacionais mudaram o nome do pacote em suas próprias mídias, e o tempo foi passando.



Mas todos os envolvidos suspeitavam que as medidas acabariam não sendo suficientes, dado o valor potencial que a detentora da marca poderia buscar receber de uma empresa como a Sun - ainda que para isto tivesse que se indispor com uma grande comunidade no Brasil.

E agora aconteceu. Veja abaixo a íntegra da mensagem que recebi hoje da LinuxMall. Se puder, ajude a divulgar, para aumentar a conscientização da comunidade sobre esta grave situação, para que estejamos preparados para agir quando os colegas do BROffice ou das várias empresas nacionais (que só vamos identificar se elas assim desejarem) que são rés no mesmo processo, após obter orientação jurídica, chamarem a nossa colaboração.
"Relato da situação atual

Como todos já devem ter ouvido falar, uma empresa brasileira, detentora da marca Open Office no Brasil, vem nos últimos tempos tomando atitudes contra o uso do nome OpenOffice.org, o que obrigou o programa, que é conhecido assim mundialmente a ser chamado de BROffice no Brasil.

Recentemente esta empreitada tomou uma nova dimensão, onde a Sun Microsystems, principal apoiadora do projeto e várias empresas que fornecem no Brasil o software, suporte, soluções ou materiais relacionados ao OpenOffice.org estão sendo processadas.

Estas empresas atuam em varios ramos, como distribuidoras de softwares que vendem os CDs, empresas de suporte e treinamento, editoras que publicaram livros ou revistas sobre OpenOffice.org, fornecedores de acessórios e até mesmo livrarias pelo simples fato de venderem material didático sobre OpenOffice.org.

A empresa alega que o motivo do código do OpenOffice.org ser aberto é apenas uma jogada estratégica da Sun para gerar receita com suporte e receber gratuitamente códigos feitos por programadores ao redor do mundo inteiro para posteriormente serem usados no StarOffice, a suíte paga da Sun. Ela acusa a Sun Microsystems Inc. e a Sun Microsystems do Brasil de estarem se prevalecendo de sua notoriedade no mercado de TI para alavancar a adoção do OpenOffice.org no mercado e cita como um exemplo o fato de até a data do documento o OpenOffice.org já ter sido baixado mais de 61 milhões de vezes do site oficial.

Outras alegações são que pela licença do OpenOffice.org somente a Sun poderia vendê-lo, prestar suporte e treinamento e que cabe a mesma definir o futuro do projeto de acordo com seus interesses comerciais. Como o OpenOffice.org é licenciado atualmente pela GNU LGPL (GNU Lesser Gnu Public License), não se pode afirmar que todas estas alegações tenham fundamento.

Sabe-se que a empresa registrou a logomarca Open Office no Brasil antes mesmo da existência do OpenOffice.org, porém devido às marcantes diferenças entre as duas, como por exemplo a partícula ".org", a tipagem e o posicionamento do texto diferenciado, pode-se facilmente perceber que se tratam de marcas e produtos totalmente diferentes.

Estes tipos de ações podem ser muito negativas à imagem do OpenOffice.org e inclusive dificultar ou até mesmo impossibilitar sua adoção em larga escala em grandes empresas e órgãos governamentais.

É importante que todos os frequentadores deste veiculo largamente utilizado pela comunidade apoiadora do movimento open source fiquem sabendo do ocorrido e que manifestem suas opiniões a esta ofensa à liberdade e à filosofia de vida desta comunidade.

Atenciosamente,
LinuxMall
"

Vamos nos manter informados e aguardar o chamado à ação, de modo a não prejudicar o andamento da questão judicial.

-- Fim da Transcrição --

Referência: Chegou o dia: Empresa brasileira processa outras empresas que usam o nome OpenOffice.org: Veja o alerta da LinuxMall e ajude a divulgar - BR-Linux.org

FF 2.0 na grande mídia

Conforme já informado aqui o Firefox 2.0 foi lançado em 24/10 e liberado para download. A nova versão do navegador tem tudo para agradar e aumentar ainda mais sua base instalada.

Mas o que eu quero destacar aqui são as palavras de Roger de Almeida no Br-Linux.org: "Enfim um portal de notícias de um grande veículo de comunicação de massa coloca em sua página principal o lançamento de um software livre. O G1, portal de notícias da Globo, informa que o Firefox 2.0 foi lançado no dia 24/10 destacando uma estatística de uso, algumas tecnologias embarcadas dentre outros assuntos. No entanto, o que mais chamou a atenção, foi o inusitado bolo que a Microsoft mandou. Isso mesmo, um bolo parabenizando a equipe do Fundação Mozilla. Sinal dos tempos."

Vale dar uma olhada no artigo publicado pelo G1 sob o título "NOVA GERAÇÃO REFORÇA SEMELHANÇAS ENTRE IE E FIREFOX".

Bolo para o Firefox 2
Equipe do Internet Explorer parabeniza
Firefox 2.0 com bolo


Mercado
O Internet Explorer 7, sucessor do navegador lançado em 2001, é a primeira resposta oficial da Microsoft à Mozilla Foundation, que lançou o Firefox em novembro de 2004. Segundo a empresa OneStat, que mede o tráfego na internet, o navegador da Microsoft responde atualmente por 85,85% do mercado, contra 11,49% de seu principal rival. Em maio de 2004, quando o Firefox só estava disponível em versão de testes, os números ficavam em 93,9% e 2,4%.


Em alguns dos países medidos pela companhia, a participação do Firefox é bem maior do que a média -- 33% na Alemanha e 25% na Austrália. Nos Estados Unidos, a porcentagem fica em 14,88%. O estudo não divulga dados relacionados ao Brasil.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Ubuntu agora é mais popular que o Mac OS X!

Segue a transcrição de um interessante post do blog "the linux advocate" sobre o interesse pelo Ubuntu medido através do Google Trends em comparação com outras distros e sistemas operacionais.

Google Trends - UbuntuO que é isso? Eu estava dando uma olhada no Google Trends e achei algo realmente interessante. Aparentemente o Ubuntu Linux não somente superou seu maior competidor em Linux (SuSE) em popularidade, como também a distro na qual ele é baseado (Debian), mas parece que ele também já superou outro competidor de peso. Sim, é verdade! O Mac OS X da Apple Computer também foi superado em popularidade pelo Ubuntu! Verifique você mesmo. Aqui está uma 'screenshot' que eu tirei a 15 minutos atrás. A linha azul crescente, em direção ao céu, que você pode ver é o Ubuntu, enquanto Mac OS, SuSE e Debian aparecem comportados no mesmo nível de popularidade. Eu intencionalmente deixei o Windows de fora desse gráfico porque se ele for adicionado, todos os outros SO´s cairão para muito próximo da base do gráfico em uma linha praticamente reta se comparada com a selvagem liderança do Windows. Agora apenas pense o quanto isso é legal! Free software definitivamente fazendo considerável progresso.

Como trata-se de uma simples consulta ao Google Trends, todas as reservas necessárias devem ser observadas.

Ainda assim, como é estimulante essa informação! Você não concorda?

:-)

Voando "livremente" com o PC

Para aqueles que são fãs dos simuladores de vôo para PC o momento é de comemoração e propício para gastar uma graninha. É que foi lançado o Microsoft Flight Simulator X, franquia de enorme sucesso da gigante de Redmond e realmente um software excepcional.

No entanto, acho que muitos ainda não sabem que existe a possibilidade de divertimento de qualidade com soluções livres também nessa área dos simuladores de vôo.

Eu estou falando do não menos incrível Flight Gear!

Isso mesmo, um simulador de vôo open source sob GPL e de altíssimo nível.

Mosaico Flight Gear
Flight Gear Online

Gostou? Então não deixe de dar uma olhada nas dicas do Antônio "LedStyle" Cláudo, visite o Planeta Ubuntu Brasil:

Tenho certeza que você não vai resistir.