segunda-feira, 4 de setembro de 2006

The Cheap Revolution

The Cheap RevolutionO assunto é matéria de capa da revista Forbes, intitulada "Os novos bárbaros". Trata-se de um movimento que começa a transformar a computação em commodity baseando-se no uso de componentes de baixo custo, alta performance e software open source.

A matéria dá alguns exemplos de novos empreendimentos, de vários ex-executivos de grandes companhias do Vale do Silício, construídos em cima desse conceito.

Trata-se de uma guinada profunda do mercado em direção a chips baratos e software open source como o Linux. Passa-se a valorizar mais a simplicidade liberando um prodigioso potencial ao cortar os custos na ordem de 90%, ameaçando assim a plutocracia do Vale do Silício: as engrenagens proprietárias, o software fechado, a redundância de sistemas e as gordas margens de lucro de empresas como Microsoft, IBM, Oracle, Cisco, EMC dentre outras estrelas das bolsas.

Ainda segundo a matéria os clientes continuam comprando, mas estão gastando dinheiro em novos lugares e estão esperando muito mais pelo dinheiro investido. O próximo round revelará quais dos titãs da velha tecnologia desaparecerão e quais se adaptarão para sobreviver.

Um dos exemplos dados é o de Paul Maritz, ele foi um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do software na Microsoft antes de desligar-se da companhia em 2000. Maritz juntou um time que inclui alguns ex-engenheiros Microsoft e montou uma empresa dentro do novo paradigma, a PI Corp., para livrar-nos do Windows.

Os novatos estão posicionando o Linux como arma letal em novos mercados: celulares Motorola, TVs Sony e o gravador digital TiVo; roteadores Cisco e Nortel agora enfrentam novos rivais de baixo custo e em armazenamento de dados EMC e Network Appliance também estão na alça de mira. Cada grande desenvolvedor de software -- incluindo Microsoft, BEA, IBM, Oracle, SAP, SAS Institute, Veritas e VMware -- agora enfrenta rivais que se valem do open source e de alternativas baseadas em Web. O vendedores desses pacotes de produtos mais simples e elegantes estão dispostos a aceitar margens de lucro até menores que 10%, ou seja, um terço daquelas praticadas pela velha guarda.

"Todos esses caras que vendem hardware proprietário com sistemas operacionais proprietários e praticam margens de lucro altíssimas, todos eles estão mortos" é o que declara Simon Lock, fundador da Lok Technology em San Jose. Esse ano ele espera vender $4 milhões em roteadores baseados em chips Intel e AMD padrão e sistema operacional OpenBSD, cobrando 90% menos que a Cisco para um produto que ele afirma, oferece maior segurança e performance.

Fonte: The New Barbarians - Forbes

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